Com sobe e desce de números, Rio de Janeiro pode ter novo pico de contágios

Oscilação dos indicadores no primeiro mês de flexibilização pode preceder nova onda na capital fluminense

Retomada econômica no Rio de Janeiro pode elevar taxa de contágio
Foto: reprodução / Twitter
Retomada econômica no Rio de Janeiro pode elevar taxa de contágio

A instabilidade dos indicadores da Covid-19 no Rio de Janeiro mostra que a pandemia ainda não deu trégua na capital fluminense. De acordo com levantamento feito pelo jornal Extra , indicadores como total de casos, óbitos, taxa de contágio, ocupação de leitos e índice de isolamento social desaceleraram na primeira semana pós flexibilizações, subiram na segunda, ficaram mais horizontais na terceira e, lentamente, começaram a cair novamente. Segundo especialistas, essa instabilidade deixa em aberto a possibilidade de um novo pico de contágios.

A preocupação aumenta na medida em que as restrições são flexibilizadas . No último fim de semana, foram registradas cenas de bares lotados no Leblon e na Barra da Tijuca e de festas em comunidades do subúrbio. Ontem (7) a taxa de isolamento em Ipanema e Leblon, por exemplo, caiu para 5,4%, depois de já terem girado em torno de 50%.

Além da zona sul, outras regiões da cidade também registram queda nos índices de isolamento social. Ontem (7), a capital apresentou o menor índice de isolamento desde o início das medidas: 30%, de acordo com a empresa  Cyberlabs . Há um mês, o índice bateu os 71%.

No balanço de contaminados por semana, também há sobe e desce. De 7.522 na semana de 31 de maio a 6 de junho, passou para 5.708 de 7 a 13, mas voltou a crescer para 8.718 de 14 a 20. E, mais uma vez, caiu para 5.157 de 21 a 27 junho e 4.747 de 28 de junho a 4 deste mês. Nos mesmos períodos, as vítimas fatais foram, respectivamente, 876, 798, 575 e 503.

Queda na ocupação de leitos

A boa notícia é a queda na ocupação de leitos. De acordo com a prefeitura, a taxa de lotação dos leitos de UTI adulta para Covid-19 do SUS vem caindo, ainda que timidamente, desde o fim de maio.

A primeira semana de junho fechou em 91,6% (média de sete dias). Na semana passada, encerrada em 4 de julho, caiu para 72,8%. Na rede privada, calcula a Associação de Hospitais do Estado do Rio (Aherj), está ainda mais baixa: 53%.

Porém, para o subsecretário Geral Executivo da Secretaria municipal de Saúde (SMS), Jorge Darze, deve-se ficar atento pois, com a retomada econômica e mais gente na rua, a curva de contágios pode subir, trazendo a necessidade de dar um passo atrás na flexibilização das restrições.