Bolsonaros criam perfis em rede social de direita mais aberta para fake news
Parler é a nova rede social fenômeno na direita global; funciona da mesma forma que o Twitter mas não apresenta regulação quanto ao compartilhamento de conteúdo ofensivo
Por iG Último Segundo |
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os filhos e os seus seguidores são os mais novos usuários da rede social Parler , famosa por abrigar grupos da direita global. O Parler foi criado em 2018 e funciona de forma quase idêntica ao Twitter, mas apresenta menos regulação de conteúdo ofensivo .
A apresentação do Parler diz que é uma rede social "imparcial" e amparada pelas regras da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos e da Suprema Corte do país, "o que permite a liberdade de expressão sem violência e a ausência de censura".
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) criou uma conta na plataforma no dia 1º de julho e orientou os seguidores a também migrarem para o Parler. "Siga-me no Parler! A rede social que tem como prioridade a liberdade de expressão!", escreveu o senador no Twitter.
Flávio foi punido pelo Twitter no início do ano por compartilhar um vídeo descontextualizado do médica Drauzio Varella em que aconselhava a população a não mudar os hábitos por conta do novo coronavírus. O vídeo era de janeiro, quando ainda não havia casos confirmados da doença no país. O primeiro caso data de 26 de fevereiro.
O presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o astrólogo Olavo de Carvalho também criaram perfis na rede social.