Ciclone bomba: entenda o que é onde ele pode chegar
Fenômeno natural já deixou ao menos dez mortes em Santa Catarina
Por Agência O Globo |
Com as fortes tempestades e rajadas de vento que atingiram o Sul do país na tarde e noite desta terça-feira (30), o termo ciclone bomba ganhou as manchetes dos portais de notícias e veículos de comunicação. O fenômeno natural já deixou ao menos dez mortes em Santa Catarina e Rio Grande do Sul , além dos estragos por onde passou. O termo ciclone bomba é usado para descrever os ciclones que se formam após uma rápida queda da pressão atmosférica - ao menos 24 milibars em 24 horas.
A expressão está ligada à queda acentuada da pressão em um curto período de tempo. A pressão atmosférica é o peso da coluna de ar sobre a terra. Quando a pressão do ar está muito baixa e o centro do ciclone está muito próximo ao continente, vindo do mar, a situação requer atenção por causa da força dos ventos formados pelo ciclone e o risco de danos que pode gerar.
O ciclone bomba se forma quando o ar frio do continente se choca com ar quente vindo do oceano. Os ventos e a rotação da Terra criam um efeito de centrifugação, por isso o termo ciclone.
Nesta quarta-feira (1º) a tendência da pressão do ar é cair no centro do ciclone. Segundo a Climatempo, as rajadas de vento podem continuar entre 60 e 80km por hora na maioria dos estados do Sul. Algumas cidades do sul e leste do Rio Grande do Sul pode ter rajadas de até 100km/h. A Marinha do Brasil alerta para mar muito agitado no litoral da região, com risco de ressaca entre o Rio Grande do Sul e Florianópolis, em Santa Catarina.