São Paulo não testa mais da metade dos pacientes de Covid-19 com sintomas leves

Na capital paulista, apenas 38% destes pacientes são testados

Além dos testes RT-PCR, São Paulo incluiu os testes sorológicos na confirmação oficial dos casos
Foto: Agência Brasil
Além dos testes RT-PCR, São Paulo incluiu os testes sorológicos na confirmação oficial dos casos

O estado de São Paulo testa quantidade insuficiente de pacientes que passaram por hospitais com sintomas de gripe, segundo levantamento do SP2.  Dos quase 773 mil casos leves de gripe registrados no estado de março pra cá, menos da metade foi testado, apesar da gestão ter aumentado a capacidade de testes para estes casos. Na capital, a testagem de casos leves é ainda menor, 38%.

Veja também:

Já casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que são pacientes internados com sintomas mais graves, dos 71,4 mil registrados no estado, 96% foram testados. Na capital a proporção é de 95%.

Há um mês, a gestão João Doria (PSDB) ampliou o uso de testes RT-PCR em pessoas com sintomas leves de Sars-Cov-2 . Esse tipo de teste verifica a presença do vírus no organismo e é considerado mais preciso para confirmar a doença. Até então, esse tipo de teste só era aplicado em pacientes internados com quadros graves, profissionais de saúde ou para mortes.

O governo também passou a incluir na confirmação oficial de casos também os testes sorológicos, conhecidos como testes rápidos. Estes, porém, são considerados menos precisos e avaliam a presença de anticorpos, portanto o contato anterior com a doença e não infecção atual.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde ,  foram realizados mais de 602 mil testes desde o começo da pandemia, entre sorológicos e RT-PCR na rede pública e também particular. Desses, 525 mil foram feitos em pacientes com sintomas leves. Mesmo assim, a testagem real ainda está abaixo da capacidade que o estado poderia realizar.

Em nota, o governo do estado informou que o teste RT-PCR é recomendado para todo paciente que apresente febre, tosse ou coriza e que os grupos de risco devem ter prioridade. A pasta ainda afirmou que enviará  250 mil kits de coleta de exames para os municípios nas próximas semanas.