Cirurgias foram suspensas durante o início da pandemia
governo de São Paulo/reprodução
Cirurgias foram suspensas durante o início da pandemia

Os hospitais do município do Rio de Janeiro retomam nesta quinta-feira (18) as cirurgias eletivas , que tinham sido suspensas por causa da necessidade de uso da capacidade total das unidades de saúde para pacientes infectados com o novo coronavírus. O anúncio da retomada das cirurgias eletivas foi feito hoje (17) pelo prefeito Marcello Crivella, segundo o qual não é possível retardar mais a volta do atendimento a pacientes que aguardam em filas.

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O prefeito disse que as pessoas que estão esperando pelas cirurgias poderão fazê-las nos hospitais Miguel Couto, Souza Aguiar, Salgado Filho e Lourenço Jorge, que integram a rede municipal .

Em entrevista coletiva após reunião com representantes de clubes de futebol do Rio de Janeiro, para discutir as medidas de retorno dos jogos no município, Crivella afirmou também que é preciso voltar a atender os pacientes com doenças crônicas. “A gente pede o seguinte: quem está em tratamento crônico deve voltar. Quem tem que fazer na rede privada a quimioterapia, ou uma biópsia, as pessoas têm que fazer testes importantíssimos para a sua saúde. Agora, estamos realmente precisando que as pessoas voltem, porque já passou muito tempo e as outras comorbidades ficam tomando o lugar da covid.”

Selo

Crivella destacou que muitos desses pacientes precisam de transporte e lembrou que os motoristas inscritos no aplicativo Táxi.Rio começaram a fazer testes de covid-19 na última segunda-feira (15). Os que comprovarem que estão livres da doença receberão um selo para dar mais segurança aos usuários.

“Trinta mil taxistas trabalham com o Táxi.Rio. Então, vai ter o selo para os que estão testados e imunizados. É um veículo que a pessoa pode pegar sem medo. Não tem problema nenhum. Além disso, a Comlurb está higienizando esses carros”, completou.

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Autorizações

O prefeito ressaltou que as flexibilizações definidas no Plano de Retorno das Atividades Econômicas, que divide a volta dos serviços em seis fases, são uma orientação para os setores e, por isso, não são obrigatórias. Crivella citou os shopping centers já liberados para funcionar, mas destacou quem não quiser abrir agora pode permanecer fechado.

Apesar de os centros comerciais terem registrado grande movimento de frequentadores na quinta-feira (11), primeiro dia de funcionamento, e na sexta-feira (12), por causa do Dia dos Namorados, o prefeito afirmou que as pessoas estão conscientes e têm se dirigido menos a esses locais.

Crivella disse que ontem foi ao BarraShopping, na zona oeste, e tinha pouca gente. “Reabrimos com um terço [da capacidade de frequentadores], mas acho que não tinha um sexto, não tinha um quinto de pessoas no shopping. Está realmente devagar, e as pessoas estão indo aos poucos.”

Normalidade e Escolas

O prefeito disse que, se os registros de casos de covid-19 e de atendimento na rede hospitalar do Rio continuarem nos patamares atuais de controle e redução, a cidade deve estar perto da normalidade, que pode chegar entre julho e agosto, quando deverá ocorrer também a volta às aulas.

De acordo com Crivella, para que isso ocorra, é preciso que continuem caindo o número de óbitos, a necessidade de internação em enfermarias e em unidades de terapia intensiva (UTIs) e o número de pessoas com sintomas de gripe na rede municipal de saúde e também nos hospitais da Baixada Fluminense. "[Com isso], vamos ter mais confiança para ir retomando fase a fase e, quem sabe em julho ou agosto, estar mais próximos da realidade em agosto, voltando inclusive às aulas”, afirmou.

Crivella reiterou que a avaliação do número de casos e de ocupação de leitos permitiram a volta de algumas atividades, agora já na Fase 2 do plano. O prefeito ressaltou, no entanto, que a flexibilização das atividades em municípios vizinhos podem também impactar a rede municipal de saúde. Ele garantiu que, se houver uma reversão do quadro da doença na capital, a prefeitura vai retomar o isolamento social. “Se a contaminação subir lá, vai refletir aqui na gente, e vamos ter que dar marcha-ré.”

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