Teich fala em liderança enfraquecida na Saúde e "guerra de números"

Em entrevista, ex-ministro afirma que dados de pandemia precisam ser transparentes e que falta de ministro prejudica

'Se ministério não consolidar os dados, alguém vai', diz Teich sobre Ministério da Saúde
Foto: Erasmo Salomão/MS
'Se ministério não consolidar os dados, alguém vai', diz Teich sobre Ministério da Saúde


Em entrevista hoje, 8, à CNN Brasil, o ex-ministro da saúde, Nelson Teich , fez uma série de apontamentos à atual gestão do Ministério da Saúde e à divulgação dos dados da Covid-19 no país. A pasta está sem chefe há quase um mês, quando Teich pediu demissão do cargo .

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Quem assume interinamente o ministério é o general Eduardo Pazuello . No entanto, Teich afirma que isso enfraquece a “posição de liderança” da pasta.

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“Ter um interino, para mim, é uma coisa ruim, porque de certa forma enfraquece a posição do ministro”, explicou. “Ter uma posição oficial de Ministro me parece que seria melhor. Quanto mais tempo fica sem ministro, pior”, continuou.

Teich deu sua opinião sobre a dificultação do acesso aos dados por parte da Saúde, que vem acontecendo desde semana passada. "Minha preocupação é que, numa situação onde se vê conflito, comece a ter uma guerra de números, mais uma situação polêmica, mais uma situação polarizada. E isso é muito ruim", disse.

“Quando comecei no governo, uma das coisas que coloquei é que a gente tem que criar um grande programa de informação. Uma das grandes dificuldades de se adaptar numa pandemia dessas é a informação", continuou.

Segundo ele, uma de suas prioridades como ministro era a transparência nos dados relacionados à Covid-19. “Se o governo não consolidar os dados, alguém vai. A informação vai chegar”, disse Teich .