Protocolo sobre cloroquina ressalta falta de evidência contra Covid-19
Ministério da Saúde diz que não há ensaios clínicos que comprovem benefício do medicamento
Por iG Último Segundo |
Durante a coletiva do Governo Federal na tarde de hoje (20), o Ministério da Saúde ofereceu detalhes sobre os novos protocolos para o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com quadro leve de Covid-19 . Apesar de serem medicações com atividade in vitro demonstrada contra o novo coronavírus, não há ensaios clínicos que comprovem seu benefício inequívoco.
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“Fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, conforme modelo anexo”, diz o Ministério da Saúde. .
O uso da cloroquina e da hidroxicloroquina está condicionado à avaliação médica, com realização de exames físicos e complementares, em Unidade de Saúde. Os remédio é contra-indicado nos seguintes casos: gravidez, retinopatia, maculopatia secundária, hipersensibilidade e miastenia grave.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, para pacientes adultos hospitalizados e com sinais de gravidade, a anticoagulação e pulsoterapia com corticóide deve ser considerada. Aos pacientes com sinais e sintomas moderados, deve ser considerada a anticoagulação profilática ou a presença de qualquer sintoma respiratório.
Aos pacientes que estão hospitalizados, o protocolo pede que médicos observem e iniciem o tratamento precoce para pneumonia nosocomial, conforme a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares. Aos pacientes com deficiência de vitamina D, ela deverá ser reposta conforme a necessidade clínica.