Hospitais de campanha do RJ só terão respiradores em metade dos leitos

Organização que administra os hospitais se baseou em resolução da Anvisa de 10 anos atrás, que não previa uma pandemia

O Hospital de campanha em São Gonçalo já sofre com atraso de 20 dias nas obras
Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
O Hospital de campanha em São Gonçalo já sofre com atraso de 20 dias nas obras

As novas unidades de campanha do Rio de Janeiro , instaladas para tratar pacientes de Covid-19, não terão respiradores em todos os 520 leitos de UTI (Unidade de Terapia intensiva) anunciados nas unidades do Maracanã, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu Campos e Casimiro de Abreu. Apenas metade deles contarão com o equipamento, fundamentais no tratamento de pacientes graves.

Esses seis hospitais de campanha do governo estadual custaram R$ 770.
No Rio, há ainda o hospital de campanha do Riocentro, administrado pela prefeitura, e os erguidos no Leblon e no Parque dos Atletas, pela iniciativa privada.

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De acordo com a Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS), que administra as unidades, a conta de  respiradores foi baseada em uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada há 10 anos .

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A regra estabelece a necessidade de um respirador para cada dois leitos de UTI e uma reserva operacional de um aparelho para cada cinco leitos. No entanto, em um momento de pandemia, a quantidade não é insuficiente, uma vez que os hospitais de campanha são construídos justamente para suprir a demanda de leitos adequados para tratar pacientes graves da doença.