Witzel demite secretário de Saúde por fraudes na compra de respiradores

Segundo o governo do estado, motivo da demissão foi a falha na gestão de hospitais de campanha em meio à pandemia do novo coronavírus

Witzel disse que demissão ocorreu por 'falhas' na gestão de hospitais de campanha
Foto: Eliane Carvalho
Witzel disse que demissão ocorreu por 'falhas' na gestão de hospitais de campanha

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel , demitiu neste domingo (17) o secretário de Saúde Edmar Santos em meio a uma investigação de fraude na compra de respiradores para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Santos era um dos investigados no âmbito da Operação Favorito, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, junto com o empresário Mário Peixoto.

Por meio de nota da assessoria de imprensa, Witzel disse que a exoneração foi motivada por "falhas na gestão de infraestrutura de campanha para atender as vítimas da Covid-19". No entanto, o mesmo comunicado diz que o ex-secretário vai dirigir uma comissão de notáveis para auxiliar o governo do Rio no enfrentamento à Covid-19 .

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Além de Peixoto, também são alvos da ação o ex-presidente da Assembleia Legislativa fluminense Paulo Melo (MDB), e outros três pessoas cujos nomes não foram divulgados.

A Operação Favorito é um desdobramento da Lava Jato sobre atos que ocorreram ainda no governo de Sérgio Cabral. Segundo a PF, desde aquela época já existiam indícios de irregularidades em contratações e a organização criminosa alvo da apuração manteve sua atuação nas contratações emergenciais voltadas para o combate à pandemia.