Em live, Bolsonaro volta a criticar lockdown: “não dá certo”

Presidente também criticou governadores que não aceitam decreto e defendeu uso de cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se referir ao lockdown como medida radical
Foto: Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro voltou a se referir ao lockdown como medida radical


Durante live realizada em seu perfil no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a falar que o lockdown (ou seja, paralisação geral) não funciona como medida de combate à pandemia do novo coronavírus. Ele comparou novamente a situação do Brasil com a da Suécia, que não tomou medidas restritivas e tem alto número de mortes.

Ele ainda falou novamente sobre governadores que disseram que não irão acatar decreto que torna academias, barbearias e salões de beleza estabelecimentos essenciais.

Por fim, o presidente tornou a defender o uso da cloroquina para tratamento da Covid-19 e disse que a daria para a própria mãe caso estivesse infectada.

Sobre as medidas de restrição, Bolsonaro afirmou que “não precisa dessa gana toda” para combater o novo coronavírus, já que, segundo ele, 70% da população será contaminada pelo novo coronavírus . Ele se referiu ao lockdown como “radical”.

"Não dá certo, e não deu certo em lugar algum do mundo. A Suécia está bem com sua economia. Se morrem 100 pessoas aqui e 100 no Uruguai há uma diferença enorme. Lá a população é 30 ou 40 vezes menor do que a nossa", disse.

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Em relação ao decreto publicado na segunda-feira, 11, Bolsonaro provocou governadores dizendo que quem acata ou não as medidas são os prefeitos dos municípios. “Na ponta da linha, com todo respeito aos governadores, quem tem de decidir é o prefeito. [...] Cada caso é um caso, leva-se em conta a quantidade de habitantes", afirmou.

Ele disse que governadores que não concordam com o decreto devem entrar com ação judicial. “Vá na Justiça que pode, aí, uma autoridade do Judiciário dizer que o decreto é inconstitucional. Esse é o caminho, não é simplesmente dizer 'não vou cumprir'. Esse é o caminho de alguém que está à frente do Executivo.”

Já em relação ao uso da cloroquina , o presidente defendeu o medicamento e afirmou ainda que tem conversado com Nelson Teich, ministro da Saúde, para rever protocolo em vigor atualmente. Segundo ele, a cloroquina é recomendada pelo Conselho Federal de Medicina.

"Eu converso com muito médico. O ser humano, quando está em uma situação grave, dificilmente se recupera com a cloroquina. Mas quando é na fase inicial, em especial os mais idosos, porque o mais jovem dificilmente se agrava o problema. Não é confirmado ainda, mas com os mais idosos parece que está dando certo. Amanhã o Nelson Teich vai falar, e acho que sobre a mudança do protocolo. ", disse.

Bolsonaro também afirmou que incentivaria a mãe, de 93 anos, a fazer o tratamento, caso fosse infectada pela Covid-19.

"Meus irmãos já sabem o que eu penso. Vamos partir para a cloroquina imediatamente, não tem de esperar. Minha mãe está bastante idosa, mas quero que ela viva mais uns 50 anos. Uns cinquentinha está bom demais, hein?", afirmou.