Prefeitura do Rio de Janeiro vai restringir a circulação nos bairros
Além de Campo Grande e Bangu, medidas devem abranger Jacarepaguá e Madureira
Por Agência O Globo | | Agência O Globo - |
Depois de fechar os calçadões de Campo Grande e Bangu, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella , disse que poderá estender a restrição a áreas de Jacarepaguá e Madureira nos próximos dias se o intenso movimento de pessoas nas ruas continuar.
Leia também: Mundo tem 3,8 mi casos de covid-19; Brasil é o 6º em mortes
"O lockdown no Rio está cirúrgico. Se não melhorar até semana que vem, vai ter em Jacarepaguá e Madureira e por aí vai. Estamos indo aonde tem aglomeração e nos baseando nos números de óbitos e do disque-aglomeração, que tem recebido cerca de mil ligações por dia".
Leia também: Witzel prorroga a quarentena até dia 31 de maio no Rio de Janeiro
Você viu?
O aumento de casos recentes da Covid-19 , segundo ele, é resultado do relaxamento do isolamento social nas últimas semanas. A capital registrou na sexta-feira (dia 8) 1.002 mortes. "Em uma conversa com médicos das redes privadas ontem, eles me falaram que acham que as pessoas relaxaram nos últimos feriados feriado com sol. Esperamos que, com essas medidas, a tendência é que os moradores se comportem e caia o nível de contaminação". Crivella inaugurou neste sábado (9) um tomógrafo na Policlínica Guilherme da Silveira, em Bangu. Segundo ele, o equipamento tem tecnologia de ponta pode atender, em média, cem pessoas por dia:
"Os médicos me explicaram que leva em torno de dois minutos a partir de quando o paciente está bem posicionado".
No domingo (10), será inaugurado o segundo aparelho, na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, em Santa Cruz. Ao todo, serão 15 tomógrafos distribuídos pela cidade nas próximas semanas em bairros como Cidade de Deus, Rocinha, Madureira, Campo Grande, Pavuna, Maré e Recreio. Os novos equipamentos vieram da China, e cada um custou US$ 900 mil. Crivella também disse que ao lado de cada tomógrafo instalado haverá um polo de atendimento.
Leia também: Empresa faz máscaras de proteção com apologia a Mussolini
"Se tiver qualquer manchinha no pulmão, vai ficar em observação. O consenso dos médicos é que, quanto mais cedo o diagnóstico, mais fácil de curar. Já passamos da fase de o paciente chegar com baixa saturação de oxigênio e ir para casa. O melhor exame para identificar o percentual de pneumonia no pulmão é a tomografia", afirma Crivella.
Ainda sobre a rede de saúde, o prefeito do Rio disse que o hospital de campanha montado no Riocentro, na Barra, está com 18 dos 20 leitos de CTI ocupados e que, dos 80 leitos de enfermaria, 42 têm pacientes. "Já recebemos 20 novos respiradores, e a nossa expectativa é começar a semana com mais 100 leitos abertos".