Quatrocentos enterros devem acontecer por dia em São Paulo

Para conseguir sepultar mortos, 13 mil valas serão abertas e número de enterros dobra na cidade

Para dar conta dos enterros, prefeitura divide serviços de sepultamento com empresas
Foto: Reprodução/Washington Post
Para dar conta dos enterros, prefeitura divide serviços de sepultamento com empresas


Durante a pandemia do novo coronavírus, a prefeitura de São Paulo se prepara para realizar 400 enterros por dia. De acordo com publicação do Diário Oficial do Município, em que as medidas emergenciais vêm sendo informadas, ação faz parte de plano de contingenciamento. O orçamento da operação é de mais de R$ 39,4 milhões.

Em um cenário normalizado, os serviços de sepultamento trabalham em números menores. Na primavera e no verão, são 240, e no outono e inverno são 300. Logo, com o plano, a prefeitura precisará enterrar o dobro de pessoas.

O plano de contingenciamento foi dividido em duas etapas. A primeira já foi colocada em prática, e prevê a flexibilização dos serviços funerários. Além da prefeitura, empresas privadas também estão prestando este serviço para que, assim, os serviços não sejam interrompidos por conta da pandemia.

Torres de iluminação serão alugados para que os cemitérios possam funcionar ininterruptamente. Duzentos e vinte coveiros foram contratados e 13 mil valas estão sendo abertas. Compra de urnas, mantos protetores e retroescavadeiras também está prevista.

A segunda etapa visa a suspensão de todos os velórios, mesmo os de pessoas que não morreram em decorrência da Covid-19. Mais 200 coveiros serão contratados e sepultamentos só serão feitos em alguns cemitérios selecionados.

Famílias poderão optar por exumação de corpos após um ano do enterro ou pelo uso das gavetas do Cemitério São Pedro, na Vila Alpina.