Covid-19: Teich prevê "pior fase" da pandemia no Rio em dez dias, afirma site

Em declaração ao jornalista Lauro Jardim, ministro da Saúde fez estimativa pessimista sobre colapso da saúde no estado

Ministro da Saúde, Nelson Teich fez previsão pessimista sobre o Rio de Janeiro
Foto: Júlio Nascimento/PR
Ministro da Saúde, Nelson Teich fez previsão pessimista sobre o Rio de Janeiro

Na semana em que o Rio de Janeiro mergulhou em um verdadeiro caos por causa da pandemia do Covid-19, o ministro Nelson Teich, substituto de Luiz Henrique Mandetta no comando da pasta da Saúde, fez uma previsão bastante pessimista: em entrevista ao blog do jornalista Lauro Jardim, afirmou que a "pior fase" da doença deve acontecer nos próximos dez dias.

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Ainda de acordo com a publicação, a equipe de Teich estima que este será o período para que o sistema de saúde carioca comece a apresentar sinais de colapso devido ao número de pacientes, contágios e mortes causados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

A taxa de ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede publica da cidade já é de 93%. Nas enfermarias, apenas 9% dos leitos estão disponíveis. A abertura de 100 leitos no  hospital de campanha do Riocentro ampliou o atendimento do município que, pela primeira vez nos últimos 15 dias, teve taxa de ocupação menor que 90% e atende com 84% da capacidade. Ao todo, 272 pacientes aguardam na fila por atendimento em UTI nas unidades municipais.

Em toda a rede pública do Rio , que inclui as unidades municipais, estaduais e federais, são 1254 pacientes internados com suspeita de covid, sendo 376 em UTI. A fila de pacientes a espera de uma UTI no estado chegou a 369 neste sábado.

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Só na rede municipal, há 486 pessoas internadas com suspeita de infecção, das quais 139 em UTI . Segundo a secretaria municipal de Saúde, há pacientes internados em leitos exclusivos e também em unidades de emergência, em locais reservados para atender casos do Covid-19 .

No estado , a taxa de ocupação em leitos de UTI chegou a 84% e de enfermaria 74%. Apenas o Hospital de Campanha do Leblon, que tem 54 pacientes, dos quais 42 em UTI, e o Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, ainda ofertam vagas  em todo território fluminense.

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