Polícia do Rio prende suspeitos de movimentar R$ 191 milhões da milícia

Carlos Roberto da Silva Rocha, o Cadu do Gás, é o principal apontado como o principal suspeito de movimentar o esquema de botijão de gás desde 2016

Operação é feita pela polícia civil
Foto: Tânia Rego / Arquivo / Agência Brasil
Operação é feita pela polícia civil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou a "Operação Pax Romana" para prender suspeitos de lavagem de dinheiro da mília na Baixada Fluminense. Quatro pessoas foram detidas e levadas para a Cidade da Polícia, entre eles Carlos Roberto da Silva Rocha, o Cadu do Gás, apontado como principal suspeito de movimentar o dinheiro. Segundo as investigações, o esquema envolve revendedoras de botijão de gás e movimentou R$ 191 milhões desde 2016.

Equipes cumprem ainda 68 mandados de busca e apreensão. Além dos cinco mandados de prisão temporária (por 30 dias), a Vara Especializada em Crime Organizado, do Tribunal de Justiça do RJ, determinou o bloqueio de mais de R$ 29 milhões em bens, incluindo imóveis em condomínios de luxo, e diversos veículos.

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A polícia afirma que o grupo monopolizou a comercialização de bujões em bairros de Nova Iguaçu e Seropédica. Cadu do Gás já tinha sido detido uma operação da corregedoria da PM em 2018 contra policiais que agiam em milícias na Baixada, mas acabou solto.

Foram pedidos ainda 43 afastamentos de sigilos fiscais e 20 afastamentos de sigilos bancários. Os suspeitos vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

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A operação conta com apoio de várias delegacias, como a Delegacia Fazendária, a Delegacia de Roubos e Furtos de Carga e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, além da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Secretaria Estadual de Fazenda.