Dados são da USP  junto ao Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), da Secretaria Municipal de Saúde.
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Dados são da USP junto ao Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), da Secretaria Municipal de Saúde.


No mês passado, a cidade de São Paulo teve  743 mortes por causas naturais a mais do que a média para o mês desde 2015. Os dados foram reunidos pelo epidemiologista Paulo Lotufo, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), da Secretaria Municipal de Saúde. Apesar do aumento, não levados em conta os óbitos por acidente ou homicídio.

Segundo a pesquisa, um dos principais fatores que podem levar o vírus a ser responsável por esse crescimento é o período em que essas mortes aconteceram. A diferença nos óbitos foi percebida apenas no mês passado, concentrando-se na segunda quinzena, quando começaram a surgir os primeiros casos da doença.

A investigação também aponta que, mesmo que a doença não tenha causado todos os óbitos, sua chegada no país fez diferença. Para os pesquisadores, o vírus costuma agravar sintomas de pessoas já doentes por outras razões, como problemas cardíacos. Elas podem, por exemplo, ter morte súbita antes mesmo de apresentaram qualquer sinal de coronavírus.

Além disso, há também aquelas pessoas que evitam ir aos hospitais. Com isso, pode-se morrer por outras razões médicas. Mas o impacto geral nos números continuaria sendo executado pela Covid-19.

O estudo ainda não processou, totalmente, os dados de abril. Até o último domingo (26), foram registradas 5.612 mortes, número já superior ao contabilizado nos últimos anos. Porém, ele deve crescer mais.


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