Em entrevista, Weintraub nega racismo e diz que quarentena foi “precipitada”
Ministro da Educação também minimizou novo coronavírus e declarou apoio a Bolsonaro
Por iG Último Segundo |
Em entrevista à rádio Guaíba hoje, o ministro da Educação, Abraham Weintraub , falou sobre pedido de investigação por racismo proferido pela Procuradoria-Geral da República. Inquérito pode ser aberto por falar preconceituosas direcionadas à China em seu Twitter.
No início deste mês, Weintraub afirmou na rede social que o país estaria se beneficiando da pandemia do novo coronavírus e que recebia apoio de “aliados no Brasil”. A publicação foi apagada logo em seguida. Para a rádio, o ministro negou ter sido racista.
"Pode ver minha cor, minha cor é escura. Eu sou um vira-lata, pé-duro. Eu não sou racista, minha história de vida mostra que eu não sou racista. Tenho vários amigos? Eu não tenho amigo 'negão' ou amigo chinês, eu tenho amigo. Ele pode ser de qualquer cor", disse.
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Na entrevista, o ministro também contestou quarentena , minimizou mortes por Covid-19 no Brasil. Ele ainda informou que datas do Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM ) seguem as mesmas, nos dias 1º e 8 de novembro, e modalidade será presencial.
"Você está me falando que a epidemia vai continuar até novembro e ninguém vai poder mais sair de casa? E o que acontece? Cinco milhões de jovens que fazem o vestibular ficam sem perspectiva?", questionou.
Em relação ao combate à pandemia, Weintraub declarou apoio a Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que o presidente “está conduzindo bem” o país e que confia nele. “É um time de 22 jogadores e, eventualmente, o presidente faz alguma substituição porque não está gostando do desempenho de um ou de outro", disse, dando a entender sobre a relação com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta .
O ministro minimizou os impactos do novo coronavírus no Brasil e afirmou que “não tá aparecendo a pilha de mortos que tinham falado que iria aparecer". Ele comentou que quarentena foi “precipitada” e que “ hidroxicloroquina funciona”. "Você pode enganar poucas pessoas durante algum tempo, mas você não consegue enganar todo mundo durante muito tempo”, citou Weintraub
, referenciando o ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln.