Prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella
Agência Brasil
Prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella

Temendo não receber quase 700 respiradores adquiridos na China no ano passado – e que devem chegar no Rio de Janeiro entre abril e maio – o prefeito Marcelo Crivella disse que recorreu ao Governo Federal para que a Força Aérea Brasileira (FAB) busque os equipamentos que já estão prontos na Ásia. O temor de Crivella é que países da Europa e até mesmo os Estados Unidos confisquem os aparelhos de oxigênio e use em seus países – nesse período de pandemia da Covid-19 . Na manhã desta quinta-feira, o bispo licenciado da Universal visitou um hospital de campanha que está sendo construído no Riocentro, na Zona Oeste da cidade.

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"No ano passado compramos 806 respiradores na China e no Brasil. Mas, a grande maioria é da China. E esses equipamentos estão chegando entre abril e maio. Como está pago o transporte e já teve casos de equipamentos como esse pararem na Europa e nos Estados Unidos e serem arrestados (confiscados), estamos pedindo ajuda à FAB para ela traga esse equipamentos", disse o prefeito, afirmando que entrou em contato com o ministro-chefe da Casa Civil Walter Braga Neto.

"Falei hoje com o general Braga Neto e ele me disse que já tinha pago essa missão para a Força Área (buscar respiradores na China para os estados brasileiros) e estava vendo quais seriam as rotas e como iriam buscar esses equipamentos que são importantíssimos", disse Crivella .

Tossindo muito, Marcelo Crivella visitou as obras da unidade hospitalar que ficará no Riocentro. Segundo o prefeito, 85% das obras já foram concluídas e, de acordo com ele, até na próxima semana o local deverá estra funcionando.

"Toda a instalação, a parte civil, sobre tudo a de gás, (as) hidráulicas, escritórios para os médicos e enfermarias (estão prontos). Agora, esperamos concluir, até meados da semana que vem o restante. São 400 leitos clínicos, 100 de UTIs e também um centro cirúrgico. Além de uma instalação de um tomógrafo", que é o melhor exame para coronavírus.

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A prefeitura garante que 1.300 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos trabalharão no espaço.

“Pedimos que fiquem em casa se for maior de 60 e com comorbidades”

Contrariando o apelo do Ministério da Saúde, que pede para todos ficarem em casa e só saírem em extrema necessidade, Crivella pediu apenas que idosos com mais de 60 anos e pessoas com comorbidades não deixem suas residências.

"A gente faz um apelo, veemente, para que todas as pessoas acima de 60 anos fiquem na quarentena. As pessoas de qualquer idade e com comorbidades, e vou incluir a diabetes , porque tivemos vitimas, fiquem em casa, por favor".

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Ainda numa coletiva de imprensa improvisada, Crivella disse que das mil vagas para idosos em hotéis contratados pela Prefeitura, apenas 46 pessoas aceitaram o abrigo.

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