A técnica em enfermagem fez campanha pelo isolamento social
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE GOIÁS
A técnica em enfermagem fez campanha pelo isolamento social

Hospitais do estado de Goiás estão tendo dificuldade de convencer seus profissionais de saúde a atuarem nas UTIs, segundo a Folha de S. Paulo. A resistência dos funcionário começou a ocorrer essa semana, após uma técnica de enfermagem que estava na linha de frente do combate ao novo coronavírus ter morrido neste sábado (4), vítima do vírus. 

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A técnica em enfermagem e laboratório, Adelita Ribeiro da Silva, de 38 anos, trabalhava na rede municipal de saúde e também em um laboratório privado de Goiânia, capital de Goiás. Com a pandemia do novo coronavírus, a enfermeira estava atuando a linha de frente em um hospital particular da cidade. 

Após deixar seu último plantão na sexta-feira 27 de março, ela foi internada na UTI do Hospital do Coração de Goiânia na segunda 30 de março. Realizou teste para saber se estava com o vírus e recebeu o diagnóstico na última sexta-feira (3), um dia antes de morrer em decorrência da doença, mesmo sem estar no grupo de risco do novo coronavírus . Ela foi a terceira vítima fatal da doença no estado.

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A técnica em enfermagem Adelita Ribeiro da Silva
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE GOIÁS

A técnica em enfermagem Adelita Ribeiro da Silva

Adelita defendia o isolamento social e chegou a participar de uma foto que viralizou nas redes sociais, onde ela e outros profissionais de saúde seguram placas com a frase: “Estamos aqui por vocês. Fiquem em casa por nós”.

Sua morte abalou médicos, técnicos e enfermeiros pelos hospitais de Goiás . O governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), escreveu em sua rede social online que a enfermeira foi “uma heroína que perdeu a vida para salvar vidas”.

“Adelita perdeu a vida diante de um vírus que mata, independentemente de idade. Gente, vamos seguir orientações. Fiquem em casa. Pensem e respeitem o próximo”, afirmou o Caiado. 

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Goiás tem 159 casos do novo coronavírus e sete mortes, entre elas, a da enfermeira . Hospitais, junto do governo estadual, precisaram mobilizar os profissionais de saúde a continuarem atuando em UTIs, mesmo com o receio de se contaminarem.


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