Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, em São Paulo, onde o paciente estava internado
Divulgação/IBCC
Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, em São Paulo, onde o paciente estava internado

Ciro Francisco Bernal Agnelli, de 71 anos, foi internado em 7 de março no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), em São Paulo, para tratar uma infecção generalizada. Ele não apresentava sintomas de Covid-19. Menos de um mês depois, no último domingo (29), ele morreu antes de ter alta  do hospital, contaminado pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

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Em 20 de março, Ciro já tinha condições de voltar para casa, mas para isso precisava de um equipamento de oxigênio, já que ele também tinha uma doença pulmonar crônica obstrutiva. A liberação do equipamento demora normalmente 14 dias. Foi pedido agilidade no processo, mas o oxigênio chegou no domingo, mesmo dia que o paciente morreu de Covid-19 .

“Ele foi contaminado no hospital. Só não sabemos se foi por contato com outro paciente ou com médicos ou enfermeiros infectados”, conta Valquíria Vandeira de Melo, sobrinha de Ciro que morava com ele, à Folha de S. Paulo . A família do idoso de 71 anos acredita que a longa estadia no hospital levou Ciro a contrair a doença, mas mesmo assim afirma que o atendimento da IBCC foi ótimo.

Além da idade e do problema respiratório, Ciro também tinha hipertensão e havia operado de um câncer de próstata em 2015, características que o colocaram no grupo de risco da Covid-19.

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Desde o início da quarentena em São Paulo, a família de Ciro havia sido orientada de não realizar visitas no hospital, já que poderiam correr risco de contrair Covid-19 . O último a visitá-lo havia sido seu sobrinho, no dia 18 de março.

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