Justiça permite que igrejas de Silas Malafaia continuem abertas durante pandemia

Justiça negou pedido feito pelo Ministério Público para suspender cultos nas igrejas do pastor por perigo de contaminação de fiéis com novo coronavírus

Pastor Silas Malafaia
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 25.6.2015
Pastor Silas Malafaia

O pedido enviado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que as igrejas Assembleia de Deus, do pastor Silas Malafaia, parassem de funcionar durante a epidemia de coronavírus no Brasil foi negado pela Justiça.

A justificativa dada pelo juiz Marcello de Sá Baptista foi de que não houve determinação dada pelo Poder Executivo para interromper cultos e de que não há lei criada pelo poder legislativo para isso. "Não pode o Poder Judiciário avocar a condição de Legislador Positivo e regulamentar uma atividade", disse decisão.

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Apesar da recomendação do Ministério da Saúde para que distanciamento social e isolamento voluntário seja aplicado com intuito de diminuir a contaminação no Brasil, o pastor Silas Malafaia não quis fechar os pontos de culto, que reúnem milhões em todo o país.

Na última quarta-feira (18), o pastor publicou um vídeo citando a constituição e enviando um recado para o governador de Pernambuco e de Santa Catarina afirmando que "se os senhores quiserem fechar as igrejas de que sou pastor tratem de ir à justiça pegar uma liminar", disse. Silas citou, ainda, que viu coletivos lotados e que "o pobre está à mercê". "A igreja nessa hora é uma agência de saúde emocional tão importante quanto os hospitais".