Sem fechar acordo, policiais militares do Ceará continuam amotinados

Estado passa por uma crise na segurança pública depois que PMs e bombeiros entraram em greve por reajuste salarial. A paralisação já dura 11 dias

Foto: João Dijorge / Photopress / Agência O Globo
Força Nacional também está no Ceará

Os policiais militares do Ceará não fecharam acordo sobre o fim do motim que já dura 11 dias no estado após a quarta reunião que teve com Ministério Público do Ceará e a comissão formada pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo , a comissão informou que os PMs amotinados exigiram a presença do ex-deputado federal Cabo Sabino e da líder das mulheres policiais para dar continuidade às negociações.

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De acordo com o procurador-geral de Justiça cearense, Manuel Pinheiro, a justificativa é de que o ex-deputado tem um mandado de prisão em aberto por ter liderado os motins. Apesar do pedido, Pinheiro disse que não vai negociar com uma pessoa que exige essa condição.

Outra reivindicação dos policiais é para que os participantes da paralisação sejam anistiados.

Diante da falta de perspectiva de um acordo, o presidente Jair Bolsonaro prorrogou em uma semana o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de modo que as Forças Armadas possam ficar no Ceará por mais sete dias.

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Em uma transmissão no Facebook nesta quinta (27), Bolsonaro chegou a dizer que não faria a renovação e que a GLO é somente para casos de emergência. A resposta veio depois que o governador Camilo Santana (PT) pediu a prorrogação.