Denúncia cita propina e favorecimentos no Minha Casa Minha Vida em cidade do Rio
Lívia Soares Bello da Silva, conhecida como Lívia de Chiquinho, contesta as acusações de vereadores de Araruama; em outubro, ela foi afastada do cargo
A prefeita de Araruama, na Região dos Lagos, Lívia Soares Bello da Silva, a Lívia de Chiquinho, é acusada de usar o cargo para favorecer a entrega de mais de cem chaves dos apartamentos do Condomínio Dolce Vitta, do programa Minha Casa Minha Vida, no bairro Areal. Em nota, a Prefeitura de Araruama negou favorecimentos na entrega das unidades. As informações são do jornal O Dia .
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A denúncia foi feita por dois representantes da Câmara de Vereadores, incluindo a presidente da Casa, Penha Bernadete. Os documentos foram protocolados na Procuradoria do Ministério Público Federal, no Ministério Público do Estado e na Polícia Federal. Os órgãos não se pronunciaram.
Entre os contemplados, segundos os denunciantes, estão funcionários do alto escalão da própria Prefeitura de Araruama. Além da denúncia de favorecimento, há suspeitas de cobrança de propinas de servidores municipais para pessoas que foram contempladas pela Caixa Econômica Federal.
"Há relatos de pessoas que estavam habilitadas e foram contempladas. Na hora de atualizar o cadastro na Secretária de Promoção Social, elas receberam a cobrança de R$ 800 pelo serviço. Ou seja, isso é propina que eles estão cobrando", explicou a presidente da Câmara, Penha Bernardete.
Escândalos
O mandato de Lívia de Chiquinho em Araruama é envolvido em uma série de escândalos. Em abril do ano passado, ela foi condenada pela Justiça a pagar multa de R$ 10 mil (metade para o governo do estado e outra metade para a prefeitura) sob a acusação de nepotismo. Segundo a condenação, a prefeita teria nomeado a mãe, Geovannia Soares Bello, para cargos na administração municipal.
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Em outubro, a prefeita foi afastada do cargo após a Justiça entender que as decisões do Executivo eram tomadas por seu marido, o ex-prefeito Francisco Ribeiro, o Chiquinho da Educação.