ataque de cachorro
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Após se livrar do cão, o dois ficam em cima de um carro para fugir dos novos ataques

A babá Fernanda Carneiro, de 63 anos, estava com o pequeno João Paulo, de 4 anos, e sua irmã Ana Clara, de 7, quando um pitbull atacou João no pescoço na rua Gitirana, em Parque Anchieta, na Zona Norte do Rio. O vídeo do ataque viralizou nas redes e a babá chegou a ser atacada nas redes por sua atitude no momento.

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Sem som, por ser um vídeo de câmera de segurança da rua, enquanto Patrick do Céu, de 20 anos, e o pequeno João sobem em um carro para fugir do ataque , Fernanda sai andando. Naquele momento, no entanto, ela e Patrick contam que ele pediu para que ela buscasse ajuda na rua.

"O sentimento foi de impotência e medo. Por não conhecer o Patrick, eu não queria deixar o João com ele, mas ele gritava meu nome “Tia Fê!” e chorava muito", diz a babá, que trabalha para a família de João há 3 anos", e que respondeu para João que já voltava. Com a mordida do pescoço, João levou dois pontos no pescoço.

O ataque começou quando o cachorro atacou o patinete da irmã de João, Ana Clara. "Eu falei para eles não demonstrarem medo, e disse para a menina ir andando depois que ele pegou o patinete. Quando tirei a criança da boca do cachorro, falei para a babá “senhora, vai procurar ajuda!”, conta Patrick.

Mãe de João diz que ficou em choque: 'Meu coração começou a doer'

Os gritos de João foram ouvidos pela mãe dele, Elisabete Caxias, de 40 anos, que mora na rua transversal.

"O João gritava o nome da Fernanda e o meu. Eu tinha acabado de chegar em casa, e vim correndo. Eu fiquei em choque na hora que vi a cena dele em cima do carro e meu coração começou a doer", descreve a mãe da criança, que ajudou a socorrer também a babá e Patrick.

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Ela conta que a situação só foi resolvida quando vizinhos emparelharam dois carros para retirar a criança e Patrick de cima do veículo vermelho. Patrick entregou João, que entrou pela janela de um carro, e ele entrou em outro.

Os bombeiros chegaram depois e levaram o cachorro , de acordo com os vizinhos, que não sabem de quem é o animal. Ele teria seguido a vó de Patrick até a porta da casa dele naquele mesmo dia, quinta-feira à tarde, momentos antes do ataque.

"Quando vi o cachorro, fechei o portão. Mas vi que estava manso e botei para dentro de casa, dei comida. Depois fiquei com ele na rua, e foi na hora que tudo aconteceu", lembra Patrick.

Na casa de João não tem cachorro, mas ele convive com Luke, um vira-lata que a avó e a tia dele adotaram. "Quando era mais novo, ele tinha medo de cachorro, quando a tia dele adotou o Luke, ele foi perdendo o medo", conta a mãe de João, que diz que ele está reagindo bem com Luke após o ataque.

"Na sexta-feira um cachorro da vizinhança latiu e ele acordou assustado, mas com o Luke está bem." Ao ouvir o nome do cachorro, o pequeno João afirma:  "o Luke é meu cachorro! Ele é bonzinho".

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