Familiares dos jovens João Vitor Jesus dos Santos, de 15 anos, Ronaldo Rosa Santos, de 16, e Rudson Romão Araújo da Silva, de 22, tentam entender os motivos que determinaram os assassinatos dos três rapazes. Eles estavam desaparecidos desde o dia 12, quando saíram de casa, em Bonsucesso, para ir ao bairro de Piedade, na zona norte, para vender um cachorro da raça Pitbull. Os corpos foram encontrados na manhã desta quinta-feira (19), carbonizados, dentro de um carro abandonado em Madureira.
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Na parte da tarde, parentes dos jovens estiveram no Instituto Médico Legal (IML), na Avenida Francisco Bicalho, para fazer o reconhecimento dos corpos. Entretanto , apenas Rudson pôde ser identificado. Os outros dois serão reconhecidos apenas pela arcada dentária.
"Uma pessoa passou por essa rua em Madureira e viu um carro abandonado com os corpos dentro. Ela avisou à polícia e nós ficamos sabendo. Infelizmente, foi informado que os corpos poderiam ser deles", disse a auxiliar de serviços gerais Maria Amélia Romão, de 54 anos, mãe de Rudson.
Maria Amélia contou também que o carro utilizado pelo filho Rudson ainda está desaparecido. As famílias ainda não informaram sobre sepultamento dos corpos três jovens.
De acordo com a Polícia Civil, o caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Todos os familiares dos jovens já prestaram depoimentos. A principal linha de investigação é execução. Há suspeita que o crime tenha sido praticado por milicianos do Morro da Caixa D'água, entre os bairros de Quintino e Piedade.
Parentes lamentam mortes
"Não estão deixando os nossos jovens completarem seus sonhos", desabafou a dona de casa Cíntia Vanessa, irmã do adolescente Ronaldo Rosa Santos. Segundo ela, o garoto de 16 anos tinha um sonho bastante comum entre os jovens moradores de comunidade. Ele queria se tornar jogador de futebol. "Ele era bom no que fazia. Era um menino pacato, não fazia mal para ninguém. Infelizmente, aconteceu isso com ele", desabafou.
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Já a auxiliar de serviços gerais Maria Amélia Romão contou que o filho sonhava em ser delegado de polícia. "Ele sempre falava isso, que iria estudar e um dia virar delegado". Ela explica que ajudou o filho a comprar o carro para trabalhar como motorista de aplicativo de passageiros. "Sempre tentei ajudar. Coloquei o carro no meu nome para ele poder trabalhar", lembrou Maria Amélia.