crise na saúde do rio
Márcia Foletto / Agência O Globo
Manifestação dos agentes comunitários de Saúde e funcionários do Hospital Albert Schweitzer na porta da unidade.

Apesar de funcionários de Organizações Sociais ( OSs) terem voltado a trabalhar, após a quitação de salários em atraso, a situação ainda não está totalmente normalizada nas unidades de saúde municipais administradas pelas instituições. De acordo com pacientes e prestadores de serviço, há falta de insumos por conta de débito com fornecedores.

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No Hospital Pedro II , em Santa Cruz, na Zona Oeste, parentes de pessoas que buscavam atendimento e funcionários da unidade relataram que a equipe médica estaria incompleta. Por conta disso, alguns pacientes eram transferidos de setores ou deixavam de ser atendidos.

"Na recepção disseram que não tinha médico na sala amarela. Estou com dores no estômago e não fui atendida. Disseram para eu procurar um encaminhamento na clínica da família", disse chorando, a estudante do curso técnico de enfermagem Yasmin Karine dos Santos Lima, de 21 anos.

Ketlelen Santos Silva , de 22, passou pelo mesmo problema, mas teve um pouco mais de sorte. "Minha mãe ( Vanessa Santos Silva) entrou a sala amarela com vômitos e queimação no estômago. Disseram que o médico estava atendido em outro setor e transferiram ela para a sala vermelha onde foi medicada", disse.

Já no Centro de Emergência Regional ( CER) do Centro do Rio, a maior reclamação era por falta de remédios. "Minha filha teve ferimentos na cabeça. Ela foi atendida, mas disseram que o remédio eu terei de comprar", disse Marluce Ferreira, de 35 anos.

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Procurada, a Prefeitura do Rio , através da Secretaria de saúde negou que exista falta generalizada de insumos. E alegou ainda que o Pedro II funciona com médicos atendendo nos eixos verde, amarelo e vermleho da emergência.

Abaixo, a íntegra da nota enviada como resposta.

"A Subsecretaria de Atenção Hospitalar Urgência e Emergência informa que:

Não há falta generalizada de medicamentos ou insumos nas unidades que impeça o atendimento dos pacientes.

Com a segunda parcela dos recursos federais que chegará na semana que vem, a Prefeitura investirá na compra de insumos e medicamentos para a rede, afastando de vez o risco de desabastecimento.

O repasse federal, no valor total de R$ 152 milhões (duas parcelas de R$ 76 milhões), refere-se à antecipação do reajuste do teto de média e alta complexidades, reivindicado pelo Município.

A direção do Hospital Municipal Pedro ll informa que:

A unidade funciona com médicos atendendo nos eixos verde, amarelo e vermelho da Emergência.

Vanessa Santos Silva chegou por meios próprios e passou pela classificação de risco, tendo seu caso classificado como vermelho e, por isso, foi encaminhada para a Sala Vermelha, para receber o cuidado adequado para o seu caso.

Foi avaliada pelo médico e já realizou tomografia. Segue recebendo os cuidados indicados, enquanto é concluída a investigação diagnóstica do caso. Não há registro de acolhimento de paciente com nome de Yasmin Karine dos Santos Lima.

A coordenação do CER Centro informa que:

O CER funciona com o plantão completo e todos os pacientes que procuram a unidade com perfil de emergência são atendidos."

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