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"Estou sem condições de falar ou fazer vídeos explicando", afirmou a youtuber Karol Eller

A Polícia Civil procura imagens de câmeras de segurança para auxiliar no inquérito que investiga as agressões contra a youtuber Karol Eller, conhecida por ser apoiadora e amiga da família do presidente Jair Bolsonaro. Ela foi agredida, com a namorada, no último domingo, na Barra da Tijuca, sofrendo lesões graves no rosto. O caso dividiu opiniões nas redes sociais.

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Segundo a delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra), além das vítimas, já prestaram depoimento o suposto agressor e duas testemunhas. Há contradições nos depoimentos.

"É preciso entender tudo o que aconteceu. São duas versões com divergências. Por isso estamos em diligência buscando por imagens e convocando as pessoas para depor. O crime de lesão corporal já está sendo investigado, mas a polícia precisa entender se houve o preconceito. Uma pessoa que diz que estava se defendendo não machuca a outra dessa maneira", afirmou a delegada.

Karol e a namorada, a policial Civil Suelen da Silva dos Santos, foram até o IML ontem para fazer exame de corpo de delito.

Denúncias pelo Disque 100

De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Disque 100 (Disque-Direitos Humanos) recebeu este ano, até novembro, 1.685 denúncias de violência contra LGBTs. Registros de discriminação foram feitos em 70% das ocasiões, seguidos de violência psicológica, que consiste em xingamentos, injúria, hostilização, humilhação (47,95%); violência física (27,48%); e violência institucional (11,51%).

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A maior parte dessas vítimas se declara gay e tem idades entre 18 e 30 anos. O levantamento apontou que o perfil dos agressores é predominante de heterossexuais (46% dos casos).

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