Patrícia Amieiro
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Patrícia Amieiro tinha 24 anos quando desapareceu

Dois dos quatro policiais militares acusados de matar a engenheira Patrícia Amieiro foram condenados a três anos de prisão por fraude processual. Os outros dois PMs envolvidos no caso, Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira, foram absolvidos durante julgamento que terminou na madrugada desta quarta-feira (11).

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Embora condenados por terem modificado a cena do crime, Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram inocentados da acusação de tentativa de homicídio contra Patrícia Amieiro e poderão recorrer em liberdade.

O julgamento começou na tarde de segunda-feira (9) no 1º Tribunal do Júri da Capital, no Centro do Rio, após ter sido adiado duas vezes neste ano. A primeira delas foi no dia 5 de setembro, quando o advogado de um dos réus não compareceu à sessão. O julgamento foi remarcado para o dia 26 do mesmo mês. No entanto, um dia antes, os advogados dos réus conseguiram uma liminar para adiar novamente a sessão, sob o argumento de que um deles, que era novo na defesa do caso, não teve tempo tempo de apresentar a lista das testemunhas de defesa.

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Relembre o crime

Patrícia tinha 24 anos quando desapareceu voltando de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul do Rio. Ela ia em direção à sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Na saída do Túnel do Joá, o carro dirigido pela engenheira foi alvo de uma série de disparos de arma de fogo . Os policiais Marcos Paulo e William Luís foram acusados de atirar por acreditarem que o motorista do carro era um traficante.

Ainda segundo a polícia, com os tiros, Patrícia perdeu o controle do veículo, que colidiu em dois postes e uma mureta. O carro da engenheira foi encontrado na beira do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, com o vidro traseiro quebrado e o porta-malas aberto. O corpo da jovem nunca foi encontrado. Para a polícia e o Ministério Público, o corpo foi retirado do veículo e o carro jogado no canal pelos policiais para impedir que o homicídio fosse descoberto.

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Em 2011, a Justiça declarou a morte de Patrícia Amieiro , alegando que, além de possuir vínculos estreitos com a família — eliminando a possibilidade de ela ter sumido espontaneamente — a situação em que o carro da jovem foi encontrado eliminava qualquer chance de que ela tivesse saído viva do veículo.

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