Após fiança, Justiça manda soltar mulher que recusou taxista negro

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a advogada é presa e autuada por injúria racial após ofender o motorista

A Justiça determinou, neste sábado (7), a liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 10 mil da advogada Natália Burza Gomes Dupin , de 36 anos. Ela é suspeita de cometer injúria racial a um taxista na Avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

Natália foi ouvida pela juíza Roberta Chaves Soares em uma audiência de custódia, no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul. Caso ela descumpra as determinações judiciais, poderá ser presa novamente . Ela estava detida desde o dia 5 de dezembro.

De acordo com a Polícia Militar (PM), Luiz Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, perguntou se a mulher, que estava com o pai idoso, precisava de um táxi; ela disse que precisava sim, mas não andava com "preto".

Continua após a publicidade
Foto: Foto: Reprodução/Internet
Aos gritos de 'racista', ela é conduzida por policiais para uma delegacia

Ainda conforme a ocorrência, o motorista alegou que a mulher não poderia dizer aquilo, porque era crime; ela respondeu: "eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo" . E na sequência cuspiu no pé dele.

Com a chegada da Polícia Militar, a mulher foi detida e levada para a delegacia. No local, ela ainda desacatou os militares, chegou a chamar uma sargento de “sapata”, conforme a ocorrência, e foi algemada.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a advogada presa e autuada por injúria racial após ofender um taxista em Belo Horizonte. Aos gritos de "racista", ela é conduzida por policiais para uma delegacia.

No início da tarde desta sexta-feira (6), a Polícia Civil informou que a mulher foi encaminhada para uma unidade prisional do estado, mas o local não foi divulgado.

Segundo a corporação, Natália também foi autuada por desacato, desobediência e resistência contra os policiais militares. A defesa dela disse que só vai comentar o caso no curso do processo que, a partir de agora, corre em segredo de Justiça.