Turista iraniano morre atropelado após cair de patinete em Copabacana

Farsad Asadi Banran estava na ciclofaixa da Avenida Atlântica quando se desequilibrou; idosa ficou em estado de choque após o atropelamento

Turista iraniano Farsan Banrad foi atropelado após cair do patinete, em Copabacana
Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo
Turista iraniano Farsan Banrad foi atropelado após cair do patinete, em Copabacana

O irariano Farsad Asadi Banran morreu após cair do patinete e ser atropelado na Av. Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta quinta-feira. Ele estava na ciclovia.

Leia também: RG, CNH, CPF e Título de Eleitor em um mesmo documento? Conheça o DNI

O turista estava andando de patinete na altura da Rua Francisco de Sá quando o acidente ocorreu. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi levada ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, mas não resistiu.

Banran estava em alta velocidade no patinete quando esbarrou na calçada que divide a ciclovia das faixas da Av. Atlântica. Ele foi lançado para fora do patinete direto para rua, quando foi atropelado por uma senhora idosa, que não teve a identidade revelada pela Polícia Civil.

De acordo com o ambulante Ricardo Gomes, que presenciou todo o acidente , a senhora ficou paralisada no carro após passar por cima de Banran, em choque. Ela precisou de alguns minutos para se recompor e sair do veículo.

Gomes e seus colegas da barraca 173 que ligaram para os bombeiros. Segundo Carlosgil Carvalho, dono do estabelecimento, o SAMU chegou rapidamente para levar Banran até o hospital Miguel Couto, por volta das 10h30.

O iraniano estava de férias no Rio com a esposa, que também andava de patins. Ela ficou extremamente angustiada no momento do acidente e não conseguia pedir ajuda, pois não fala português. Um senhor que falava árabe auxilou o casal, relata Gomes.

"O braço dele tinha ido para trás. Ficou com muitos cortes, um muito grande no pescoço e outro no abdômen. Vi ele deitado agonizando de dor e sangrando, foi uma cena terrível", conta o vendedor, que ficou comovido ao saber do falecimento da vítima.

A funcionária do restaurante Venga Micaeli Nascimento, localizado bem na altura do atropelamento, revela que casos como o de Banran são comuns na região.

"Já vi mais de um atropelamento aqui na Av. Atlântica, mas a maioria de ciclistas. As pessoas andam muito rápido nos patinetes, é um risco", conta Micaeli, que relata que a perícia saiu do local por volta das 13h30.

"Diligências estão sendo feitas e testemunhas estão sendo ouvidas", informou a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil .

Segundo um funcionário do Hospital Miguel Couto, o casal não tem parentes no Rio. O corpo de Banran foi levado ao Instituto Médico Legal por volta das 17h30.

A embaixada iraniana foi contactada, mas não respondeu detalhes sobre o caso até o momento dessa publicação.

Regulamentação de patinetes

A regulamentação do uso de patinetes elétricos ocorreu em agosto deste ano, pelo prefeito Marcelo Crivella. O decreto permite o uso dos equipamentos somente em ciclovias, ciclofaxias, parques urbanos e praças pública.

Leia também: PGR nega suspeição de Moro em caso de Lula e não vê irregularidades em diálogos

A velocidade máxima permitida em 20km/h. Em faixas compartilhadas com pedrestes o uso também é permitido, mas a velocidade máxima caí para 6km/h.

O uso do capacete e aparelhos de proteção não é obrigatório, mas precisa ser recomendado pelas empresas que disponibilizam patinetes elétricos para compra ou aluguel. O condutor precisa ser maior de idade.