Testemunhas e polícia têm versões diferentes sobre tumulto em baile funk

Vítimas dizem que policiais fecharam as saídas do baile e passaram a agir com violência; policiais informam que foram recebidos com pedradas enquanto atendiam a um chamado

Paraisópolis
Foto: Reprodução/Facebook
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Testemunhas e policiais que estiveram no baile funk na favela de Paraisópolis têm versões diferentes sobre o que teria provocado o tumulto que terminou com a morte de nove pessoas pisoteadas, na madrugada deste domingo.

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Segundo relatos de parenets de vítimas e de frequentadores do baile funk , policiais fecharam as saídas do local e passaram a jogar bombas e a atirar. Os policiais, no entanto, disseram ter ido ao lado para atender um chamado e foram recebidos com pedradas .

— A polícia chegou fechando as duas saídas, não tinha para onde correr, não tinha para onde fugir - afirmou um dos feridos que já teve alta do Hospital do Campo Limpo, para onde foram levadas as vítimas.

Mais cedo o pai de outra vítima, uma jovem de 17 anos, disse que sua filha contou que a polícia chegou ao local do baile com violência. Segundo ele, a garota, que tinha cortes nos rostos e hematomas pelo corpo, disse que um policial atingiu sua cabeça com uma garrafa e a agrediu com cacetete.

A polícia informou que, chamada para atender a uma ocorrência, foi recebido já perto do baile com pedradas e também garrafas sendo lançada contra os agentes. Ainda segundo a polícia , teria sido por conta dessa reação dos frequentadores que decidiram lançar bombas de efeito moral.

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Ainda não há informações detalhadas das vítimas. No Hospital Campo Limpo, para onde foram levados, há um grande número de parentes em busca de informações. O baile funk recebia, segundo a polícia, cerca de 5 mil pessoas de outros bairros e regiões de São Paulo.