Caso Ágatha: Delegado diz que PM mentiu em depoimento ao falar de homens armados

Policial contou versão de que teria ocorrido um tiroteio na comunidade e que logo depois ele atirou na direção de homens armados que estavam numa motocicleta, mas investigação concluiu que não houve troca de tiros

Foto: Arquivo pessoal
Ágatha morreu após ser atingida por um tiro de fuzil nas cotas

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (19), que o policial militar da UPP- Fazendinha, responsável pelo disparo que atingiu a menina Ágatha Vitória Salles, de 8 anos, mentiu em seu depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Leia também: Polícia Militar causou morte da menina Ágatha, diz inquérito

De acordo com o delegado Marcus Drucker, responsável por conduzir as investigações do caso Ágatha , o PM inicialmente contou a versão de que teria ocorrido um tiroteio na comunidade e que logo depois ele atirou na direção de dois homens armados que estavam numa motocicleta.

Continua após a publicidade

"A gente conseguiu identificar, através dos depoimentos, que não havia nenhuma pessoa armada naquele momento perto dos policiais. O PM contou ter visto a arma, mas conseguimos identificar que não tinha", contou.

Leia também: Tio de Ágatha critica PM que atirou e matou a menina: 'Ele é um despreparado'

O policial militar foi indiciado por homicídio doloso, quando existe a intenção de matar. O PM segue em liberdade. O delegado Daniel Rosa, diretor da DHC, explicou que a polícia pediu à justiça o afastamento imediato do policial militar.