Caso Marielle: Brazão nega ser mandante do crime
Procuradoria diz que político pagou R$ 500 mil por assassinato da vereadora Marielle Franco, que culminou na morte dela e do motorista Anderson
O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão, negou ontem ser o mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Em entrevista a O DIA , o ex-deputado disse desconhecer os executores dos crimes apontados pela então procuradora geral da República, Raquel Dodge. Segundo ela, Brazão teria pago cerca de R$ 500 mil pelo atentado.
"Acredito na Justiça. É chato, é doloroso. Tanto para a minha família quanto para a família da Marielle. Não conheço os personagens. Eu poderia conhecê-los? Sim, porque também sou de Jacarepaguá. Mas eu não os conheço. Nada é mais forte que a verdade", afirmou Brazão.
Investigações vão falar
"Eu estou conversando contigo agora e tenho ciência que o meu telefone possa estar grampeado. Será que esses personagens não sabiam e estavam ali orquestrados? As investigações vão falar. Não vão? Acho que sim! Não acredito em coincidências", ressaltou Brazão a O DIA.
A PGR já havia denunciado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que Brazão "arquitetou o homicídio", em março de 2018. Beto Bomba é um dos chefes do Escritório do Crime, milícia de Rio das Pedras. Segundo o UOL, ele aponta três supostos assassinos: Leonardo Gouveira da Silva, o Mad, Leonardo Luccas Pereira, o Leléo, e Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho.