Confira benefícios que os doadores de sangue têm e não sabem

Doar sangue é um ato nobre e ajuda a salvar milhares de vidas. Entretanto, além de fazer o bem, os doadores tem direito a uma série de benefícios em tarefas do dia a dia. Conheça alguns deles abaixo:

Doadores de sangue possuem benefícios que são pouco conhecidos.
Foto: Agência Brasil
Doadores de sangue possuem benefícios que são pouco conhecidos.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, apenas 1,6% (aproximadamente 3.6 milhões de pessoas) da população brasileira doa sangue regularmente. Além de serem responsáveis por salvar inúmeras vidas, os doadores passam a ter benefícios em tarefas do dia a dia. Entretanto, esses benefícios são pouco conhecidos, inclusive pelos próprios doadores. Conheça alguns deles abaixo:

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Todos os doadores de sangue têm direito à meia-entrada em estabelecimentos culturais, sendo necessário apenas apresentar a carteirinha de doador de sangue (explicaremos abaixo obtê-la). Além disso, um artigo na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) garante que o funcionário que doar sangue e apresentar comprovante da ação tem direito a um dia de folga a cada doze meses. 

Segundo a lei Lei n° 219/09, os doadores também têm o direito de utilizar a fila preferencial em estabelecimentos como bancos e supermercados. Além disso, alguns concursos públicos possuem isenção (total ou parcial) de taxa para os doadores e chegam a utilizar isso como critério de desempate. Em São Paulo, caso o cidadão tenha doado sangue três vezes nos últimos 12 meses, a isenção é total. 

Como obter a carteirinha de doador

As maneiras de conseguir a carteirinha de doador variam pelo Brasil. No Paraná, por exemplo, o cidadão deve ter doado sangue pelo menos três vezes no último ano para receber o documento. Já em São Paulo, basta solicitar o documento na hora de realizar o cadastro para doar sangue. 

Condições para doar

Para doar sangue, a pessoa deve ter dormido ao menos seis das últimas 24 horas e estar devidamente alimentada - respeitando o jejum mínimo de duas horas antes do processo. Além disso, é necessário respeitar o intervalo entre doações: dois meses para homens e três meses para mulheres. 

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Quem não pode doar?

Pessoas que estiverem gripadas, resfriadas ou com sintomas dessas doenças não podem doar sangue , devendo esperar até sete dias após o desaparecimento dos sintomas para realizar o processo. Grávidas e mulheres que deram a luz menos de 90 dias antes do procedimento também são impedidas de doar. 

Existem outras condições que proíbem, temporária ou definitivamente, a pessoa de doar sangue. São elas:

  • Amamentação: até 12 meses após o parto;
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
  • Extração dentária: 72 horas;
  • Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
  • Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
  • Transfusão de sangue: 1 ano;
  • Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
  • Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição);
  • Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade (definitiva);
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas (definitiva);
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis (definitiva);
  • Malária (definitiva).