A faca utilizada por Adélio Bispo de Oliveira no atentado ao presidente Jair Bolsonaro , durante ato em campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, deverá virar uma peça de museu. O pedido para que o item componha o acervo de alguma instituição foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em Juiz de Fora, sob justificativa do valor histórico do material. A Justiça Federal deverá analisar a questão na próxima semana.
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A possibilidade da peça usada por Adélio ser destinada a um museu está prevista no Código Penal. Segundo a legislação, os instrumentos do crime, quando possuem valor histórico, podem ser recolhidos a um museu criminal, se houver interesse na sua conservação. É com base nesse entendimento que a faca poderá se tornar uma peça de museu.
— A ideia é que a União se manifeste sobre isso, pela natureza de seu acervo e acesso ao público, pesquisadores, historiadores. É um elemento material histórico importante e relevante — explica o procurador da República, Marcelo Medina, responsável pelo pedido.
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Desde o atentado, a faca está guardada na 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, onde correm as ações relacionadas ao caso. O material foi acondicionado no fórum logo após ser periciado pela Polícia Federal , uma vez que foi utilizado com uma das provas do crime. À época, a faca foi apreendida pela polícia logo após Adélio dar o golpe no então candidato à presidência.
Ainda não se sabe qual será o museu que receberá o material, caso o pedido seja aceito pelo juiz Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal. A decisão para o local de destinação, no entanto, poderá ter influência de Jair Bolsonaro , uma vez que ficará a cargo da União.
Caso o pedido seja julgado improcedente, o material deverá ser destruído, como é feito com as demais provas utilizadas nos processos.