O PM Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, contou, em depoimento à Polícia Federal, que levava dinheiro de suborno para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) a mando do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica. De acordo com o UOL , o envolvido no caso Marielle, no entanto, não especificou quem recebia o dinheiro na especializada e em que período fazia a transação.
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Em um inquérito da PF, Ferreirinha e sua advogada, Camila Moreira Nogueira, foram apontados como responsáveis por tentar atrapalhar as investigações das mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. A Polícia Federal quis saber se houve omissão ou fraude durante a elucidação das duas mortes. A corporação concluiu que o PM e Camila inventaram uma história para confundir a Polícia Civil do Rio.
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Ferreirinha chegou a ser considerado a principal testemunha do caso, quando afirmou que seu ex-aliado Orlando Curicica e o vereador Marcello Siciliano (PHS) foram os mandantes do crime. Os dois sempre negaram as acusações. O PM, que foi preso em maio deste ano, teria feito a acusação para "sair do radar" do miliciano.
Durante as investigações do duplo homicídio, a Polícia Federal já cogitava a existência de um esquema de corrupção dentro da DHC.
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Procurada pelo DIA , a Polícia Civil não comentou as afirmações de Ferreirinha.