PF mira propina a Palocci e Mantega em nova fase da Lava Jato

Agentes cumprem dois mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em São Paulo e Bahia; ex-ministros são investigados por propina da Odebrecht

Ex-ministros são investigados por supostos repasses recebidos da Odebrecht
Foto: Montagem/Agência Brasil
Ex-ministros são investigados por supostos repasses recebidos da Odebrecht

A Polícia Federal (PF) deflagrou a 63ª fase da Operação Lava Jato, na manhã desta quarta-feira (21), para investigar a suspeita de pagamentos da empreiteira Odebrecht a dois ex-ministros. Os agentes cumprem dois mandados de prisão temporária e outros 11 de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. Delações de executivos da companhia apontaram "Italiano" como o apelido do ex-ministro Antônio Palocci, e "Pós-Itália", do também ex-ministro Guido Mantega.

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Ainda são alvos da operação da PF dois ex-executivos da empreiteira identificados como Maurício Ferro e Newton de Souza. Com os mandados, a PF investiga os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Foi determinado o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados.

Segundo a Polícia Federal , o pagamento de propina visava à aprovação de medidas provisórias que instituíram o programa Refis da Crise, entre outros objetivos. Os valores teriam sido entregues a um casal de publicitários para dissimular a origem do dinheiro.

Há indicativos, de acordo com a investigação, de que os valores teriam sido entregues a um casal de publicitários. Há um ano, a força-tarefa da Lava Jato apresentou denúncia contra  Mantega Palocci  pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em medidas que beneficiaram diretamente empresas do Grupo Odebrecht , como a Braskem , do setor petroquímico.

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Na época o casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, além de André Santana, filho do marqueteiro do PT , também foram denunciados pelo mesmo episódio. Os dois chegaram a ser presos, permaneceram de tornozeleiras eletrônicas e soltos meses depois.