Funcionário do Aeroporto de Guarulhos nega ter colaborado com roubo de ouro

Peterson Patrício, funcionário do aeroporto, voltou atrás em relação ao depoimento em que teria dito ter ajudado no assalto

Quadrilha roubou 720 kg de ouro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e não disparou um tiro
Foto: Reprodução/TVGlobo
Quadrilha roubou 720 kg de ouro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e não disparou um tiro


O advogado de um dos suspeitos presos pelo roubo de 719 quilos de ouro no Aeroporto de Guarulhos disse nesta segunda-feira que seu cliente, o funcionário Peterson Patrício, de 33 anos, nega ter colaborado voluntariamente com criminosos responsáveis pela ação.

 Inicialmente, o encarregado de despacho no aeroporto havia dito que os criminosos sequestraram sua mulher e que ele colaborou no assalto pois ela estava na mira dos bandidos. Depois, disse em um segundo depoimento que estava em conluio com os criminosos. Essa versão é combatida pela defesa.

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"Ele alega para mim que não participou voluntariamente do crime", afirma o advogado José Henrique Quirosbello. "Ele agiu, mas porque sua família estava sequestrada".

Desde a prisão no domingo, policiais perceberam inconscistência no relato de Patrício. Ao refazerem com ele o trajeto do episódio, desde a suposta abordagem pelos criminosos até a soltura dele e o sequestro de sua mulher, o funcionário do aeroporto demonstrou nervosismo. Em seguida, pediu para ser levado para a delegacia, onde teria confessado sua participação no crime . Ele teve a prisão temporária decretada por cinco dias.

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Agora, o advogado de Patrício diz que não entende a segunda versão do depoimento, colhido sem a presença da defesa. Quirosbello acredita que o cliente estava coagido por temer envolver a própria mulher no caso.

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"Vou pedir agora um novo depoimento, o terceiro, realizado na minha presença", disse o advogado do funcionário do aeroporto .