Justiça prorroga prisão de supostos hackers que atacaram Moro e mais autoridades

Policia Federal argumentou que precisa analisar provas e tomar novos depoimentos das quatro pessoas, presas desde a última terça-feira

Prisão de hackers acusados de invadirem celular de Sergio Moro e outras autoridades
Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
Prisão de hackers acusados de invadirem celular de Sergio Moro e outras autoridades

O juiz da 10ª Vara Federal do DF, Vallisney de Oliveira, determinou nesta sexta-feira (26) a prorrogação da prisão temporária, por mais cinco dias, dos supostos hackers
investigados pela invasão do Telegram do ministro Sergio Moro . Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Oliveira e Danilo Marques foram presos na terça-feira
(23) pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing .

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Vallisney acolheu pedido da PF de prorrogação da prisão, sob o argumento de precisar de mais tempo para análise das provas apreendidas. As temporárias venceriam no sábado e
ficarão válidas por mais cinco dias. Os supostos hackers presos devem prestar novos depoimentos nos próximos dias. Delgatti é suspeito de ser o líder da organização criminosa
articulada para invadir conversas de autoridades, com a ajuda dos demais, segundo a PF.

“Sem a prorrogação de mais 5 dias das prisões, soltos os investigados poderão agir e combinar e praticar condutas, isoladamente e em conjunto, visando apagar provas em outros
endereços, mudar senhas de contas virtuais, fazer contatos com outras pessoas eventualmente envolvidas, retirar valores de contas desconhecidas ou de algum modo prejudicar o inquérito policial”, afirmou o juiz em seu despacho.

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Os quatro foram presos na última terça-feira na Operação Spoofing, da PF, acusados de serem hackers . Delgatti confirmou em depoimento que foi autor da invasão ao Telegram de Moro e que repassou o material ao site The Intercept Brasil . Os demais alvos negaram envolvimento com o caso. Glenn Greenwald, responsável pelo site, nunca falou sobre a fonte que passou as mensagens.