Após a operação que prendeu quatro suspeitos de envolvimento na invasão aoTelegram do ministro da Justiça Sergio Moro, a Polícia Federal investiga um possível envolvimento de outras seis pessoas no caso. Os nomes deles apareceram vinculados às contas utilizadas nos ataques ao ministro, porém, em um primeiro momento, a PF não identificou participação direta deles nos fatos.
A PF apresentou ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, um relatório de diligência no qual listou os e-mails destas seis pessoas, que estavam vinculados às contas dos usuários do sistema BRVOZ das quais partiram os ataques. Com base nesse documento, a PF solicitou o afastamento do sigilo telemático desses e-mails, para acessar seu conteúdo e apurar se os outros alvos também estão envolvidos no caso do ataque a Moro . O juiz autorizou a medida e determinou a quebra do sigilo telemático desses e-mails.
Em seu relatório de diligência, a PF apontou a "necessidade de identificação quanto a participação ou não" dessas seis pessoas nos fatos.
Um dos suspeitos, citado pela PF pelo nome de Anderson José da Silva, é o dono de uma das contas a partir da qual partiram os ataques. Apesar de ser o dono da conta, porém, até agora a PF não identificou ter sido Anderson autor de tentativas de invasão — apenas que sua conta teria sido usada por terceiros para esta finalidade.
A Operação Spoofing foi deflagrada nesta terça-feira (23) e prendeu temporariamente quatro suspeitos de atuarem na invasão do aplicativo Telegram do ministro Sérgio Moro e de outras autoridades. São eles: Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto.
A PF rastreou os endereços de IP utilizados para as invasões do Telegram e conseguiu chegar aos endereços dessas pessoas, por meio das quais teria partido os ataques a Moro , segundo as investigações.