funcionario da cedae
Reprodução/Internet

Funcionário da Cedae Luiz Carlos do Nascimento Inácio, de 58 anos, foi vítima de agressão na zona norte

O funcionário da Cedae Luiz Carlos do Nascimento Inácio, de 58 anos, foi agredido enquanto trabalhava, no final da manhã de terça-feira (16), na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio. O motivo das agressões foi a insatisfação do filho de um comerciante com o valor da conta de água. Segundo informações, o autor do crime seria lutador de jiu-jitsu. A vítima sofreu estiramentos em músculos da perna e está com dificuldades para andar.

Leia também: Com direito a microfone, PM faz live durante operação em morro no Rio de Janeiro

Familiares do leitorista da Cedae contaram que Luiz Carlos foi até um bar na Rua Paraíba para marcar o medidor de água, por volta das 11h30. Após ele entregar o boleto a ser pago para o dono do estabelecimento e seguir para continuar seu trabalho, o filho do comerciante foi atrás dele e o agrediu.

"Meu pai só mede o hidrômetro. Ele marcou a numeração e deu a conta para o dono do bar. O filho do dono do bar não gostou, foi atras dele, deu uma banda no meio da rua e começou a bater no meu pai dando chutes, socos e dizia que não ia parar enquanto ele não morresse", contou o filho da vítima, o educador físico Rafael Cesário.

Luiz Carlos foi ajudado por um guardador de veículos e separou a briga. Em seguida, o agressor fugiu do local num táxi. A Polícia Militar foi acionada e ao conversar com o dono do bar, o comerciante admitiu que o seu filho foi o responsável pelo crime, mas se negou a passar seus dados. O leitorista foi socorrido por uma ambulância dos Bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar. O funcionário da Cedae já recebeu alta mas, segundo o filho, ainda está com muitas dores.

cedae
Reprodução/Internet

Funcionário da Cedae foi atendido no Hospital Souza Aguiar e já recebeu alta

"Ele tirou raio x e não deu nada quebrado, mas teve estiramentos em músculos da perna e está com dificuldades de andar. Nessa quarta-feira (16) mesmo eu tive que carregar meu pai no colo, porque ele não aguentava colocar os pés no chão. Meu pai está se sentindo muito humilhado e constrangido. Ele trabalha há 19 anos prestando serviços para a Cedae e isso nunca tinha acontecido. Meu pai é muito querido por todos, ninguém está conseguindo nem acreditar que fizeram isso com ele", disse Rafael.

Populares contaram aos familiares de Luiz Carlos que o agressor seria faixa marrom de jiu-jitsu. O caso foi registrado na na 18ª DP (Praça da Bandeira) e o leitorista prestou depoimento durante esta manhã por mais de uma hora. A distrital irá buscar imagens de câmeras de segurança que tenham flagrado o crime e está trabalhando para identificar o agressor.

Leia também: Carlos Bolsonaro: ocultação de curtidas no Instagram segue “cartilha ideológica”

"É uma revolta tão grande tudo isso. Porque eu vejo tudo que meu pai faz, todo sacrifício dele para dar tudo para mim e minha irmã, para nos criar, nos educar. Sempre se esforçou para nos dar estudos, pagou minha faculdade e agora paga a da minha irmã, tudo isso com muita luta, com o trabalho dele. Ele é um cara guerreiro, que tenta ajudar todo mundo, ai vem uma pessoa assim e acha que pode agredir os outros. É triste. Eu sou professor de capoeira e não me vejo conseguindo dar esse mal exemplo aos meus alunos. Se ele realmente for atleta de Jiu-Jitsu, ele é uma arma agredindo alguém, é uma violência enorme, uma covardia", desabafou o filho de Luiz Carlos.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!