O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou, nesta terça-feira (16), 19 integrantes de movimentos sem-teto por extorsão. A denúncia parte de um inquérito que investigou a ação dos movimentos após a queda do edíficio Wilson Paes de Almeida, em maio de 2018.
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De acordo com a denúncia, o grupo de integrantes dos movimentos sem-teto , que eram liderados por Ananias Pereira dos Santos, constrangeu famílias que viviam em prédios ocupados ilegalmente . O grupo cobrava, utilizando ameças, o pagamento de aluguel e taxas para que os moradores pudessem permanecer nos prédios.
Ainda de acordo com a promotoria, as famílias que viviam no Wilson Paes de Almeida tinham que pagar taxas que variavam de R$ 130 até R$ 400 por mês para coordenadores de grupos sociais em prol do movimento sem-teto. Na denúncia, o promotor Cassio Roberto Conserino afirma que "quem atrasava o aluguel era expulso do prédio, através de violência, quer de ameaça, entre outras irregularidades".
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Os movimentos sem-teto citados na denúncia são o Movimento de Luta Social pela Moradia (MLSM), o Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), o Movimento de Moradia do Centro (MMCR), o Movimento Terra de Nossa Gente (TNG) e o Movimento de Moradia para Todos. A denúncia coloca ainda que as práticas violentas aconteciam em todos os 19 prédios ocupados pelos grupos.