Barragem do Quati se rompeu na última quinta-feira (11)
Secom/Governo do Estado da Bahia
Barragem do Quati se rompeu na última quinta-feira (11)

O governador Rui Costa(PT-BA) afirmou neste domingo (14) que irá promover a demolição de casas localizadas às margens do Rio do Peixe na região dos municípios de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, próximos à divisa do estado com Sergipe. As construções estão em áreas inundadas desde a última semana, quando o alto volume de chuvas levou ao rompimento de três barragens de água (Quati, Serra Verde e Ronco Gibão), responsáveis pelo aumento do nível do rio. 

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De acordo com Costa, o número de residências a serem destruídas será decidido pela Defesa Civil da Bahia. A ideia do governador é que as famílias recebam um auxílio para que vivam em casas alugadas enquanto o governo constrói novas moradias em um espaço fora de área de risco. Centenas de pessoas estão desabrigadas e há preocupação quanto a possibilidade de novos rompimentos de barragens . Até sábado, de acordo com balanço de autoridades locais, havia 400 pessoas desabrigadas e 1.500 desalojadas.

"Em algumas ruas, há casas em lugares impróprios segundo a norma técnica. Estão muito próximas à cota do Rio do Peixe . A Defesa Civil faz a identificação das casas para as quais as pessoas não podem voltar. Elas vão receber auxílio-moradia para poderem pagar aluguel, enquanto a gente vai remanejá-las", explicou o governador, em coletiva de imprensa registrada pelo portal G1 .

Além da questão das casas, Rui Costa tratou sobre a necessidade de conscientizar as comunidades do interior da Bahia sobre as maneiras de administrar as barragens destinadas à reserva de água. Em Coronel João Sá , segundo a prefeitura, há mais de 2 mil estruturas de contenção.

"Para sobreviver à seca, você tem que reservar água. Por isso os barramentos. Vamos começar processo de intenso treinamento das comunidades, para que saibam como dar manutenção neles", informou Costa.

'Maior tragédia que a gente teve'

O prefeito de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral (MBD-BA), disse ao G1 neste domingo a enchente da última semana é a maior tragédia da história do município, mesmo que ninguém tenha morrido.

"Nunca teve essa enchente que teve em Coronel João Sá. É histórico isso. Foi a primeira vez, infelizmente. É a maior tragédia que a gente teve. Graças a Deus foi uma tragédia que não morreu ninguém. Mas como catástrofe foi a maior", afirmou Sobral.

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Para além das casas afetadas, o prefeito também relatou estragos causados pelos rompimentos de  barragens em outros espaços relevantes para o município, como o único cemitério do local. "Inundou. A água afundou várias covas, vários crucifixos caíram, várias paredes dos mausoléus caíram. Até agora foi mais ou menos o que a gente pode identificar. A partir de agora, a gente quer reconstruir a parte da cidade que foi atingida", finalizou.

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