Acusados da morte de Marielle e Anderson são transferidos de novo

Ronnie e Élcio foram levados de Mossoró (RN) para unidade em Porto Velho (RO)

Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) foram presos acusados de matar a vereadora Marielle Franco
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) foram presos acusados de matar a vereadora Marielle Franco

O juiz federal corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró, Walter Nunus Júnior, conseguiu a transferência dos dois homens denunciados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes para outra prisão federal. No pedido, alegou que na mesma unidade estava o miliciano Orlando Oliveira, o Orlando Curicica.

Leia também: Com governo Bolsonaro, PT deve fazer alianças inéditas para eleições de 2020

Segundo o corregedor, Curicica “forneceu às autoridades informações importantes do envolvimento de Ronnie (Lessa) e Élcio (Queiroz) nos assassinatos”. Até a Polícia Civil prender Lessa e Queiroz pelos homicídios, em março, o miliciano era o principal suspeito pelas mortes de Marielle e Anderson.

Em sua sentença, o juiz federal corregedor enfatizou que a transferência da dupla de detentos era “recomendável, para preservar a integridade física de Orlando ”. Lessa e Queiroz foram transferidos, na última quinta-feira, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para a unidade do Norte do país, localizada em Porto Velho , em Rondônia.

A operação de transferência ocorreu de forma sigilosa, pela Polícia Federal , em caráter de urgência. Foram as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, do Grupo de Combate ao Crime Organizado ( Gaeco ), que solicitaram a transferência de Lessa e Queiroz de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, para uma unidade federal, no dia 28 de março deste ano. Lá,
a segurança de Curicia foi reforçada.

Leia também: Perdendo fiéis e com obras paralisadas, igrejas de Flordelis entram em crise

Na quinta-feira, uma investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí desarticulou uma quadrilha que seria liderada por Curicica em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Ao todo, 42 pessoas foram presas suspeitas de terem cometido cem assassinatos. Antes de matarem os seus desafetos, os milicianos tiravam selfies com as vítimas.