Vinte e três pessoas foram presas em São Paulo pela polícia militar durante a greve geral contra a reforma da Previdência e cortes de verba na educação realizada nesta sexta-feira (14).
Balanço da corporação informa que aconteceram sessenta pontos de manifestações pró- greve geral no estado, com 27 interdições, 23 piquetes, duas paralisações do transporte público e seis passeatas.
Na capital paulista, dezenove pessoas foram presas. Dez por provocarem incêndios e dano a um veículo na Avenida Francisco Morato, na zona sul, e mais nove pessoas foram detidas por depredação de ônibus, furtos e desacato à autoridade na Avenida Paulista.
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Outras quatro pessoas foram detidas na cidade de Sorocaba, a 97 quilômetros da capital, após depredarem um micro-ônibus e ameaçarem o motorista. Os autores foram liberados após prestarem depoimento no 5º distrito policial do município.
Em ao menos 24 estados e no DF, a paralisação causou reflexos no transporte público, mas não impediu a circulação de pessoas e o funcionamento de lojas e empresas.
Em São Paulo, o metrô funcionou parcialmente durante a manhã e algumas linhas de ônibus intermunicipais não operaram. Escolas públicas e bancos ficaram fechados, segundo os sindicatos das categorias. Já os ônibus que circulam exclusivamente na capital paulista e os trens foram às ruas normalmente.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que ônibus e metrôs que funcionaram circularam vazios porque muita gente não foi ao trabalho e não concorda com a reforma da Previdência .
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“As pessoas se manifestaram não saindo de casa, como nós pedimos. Queríamos que elas cruzassem os braços e não fossem trabalhar. Os estudantes também não foram à escola e os desalentados, que fazem bicos, também não saíram”, disse.
As centrais sindicais estimaram que a paralisação da greve geral atingiu 45 milhões de trabalhadores em todo o país, segundo nota conjunta divulgadas entidades. Na avaliação dos sindicalistas, o movimento foi exitoso e maior do que a paralisação de 2017.