Guerra entre facções criminosas aumentou o número de homicídios no Brasil
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Guerra entre facções criminosas aumentou o número de homicídios no Brasil


Os confrontos entre as principais faccções criminosas tanto nos presídios como fora deles aumentaram a mortalidade no Brasil. nos últimos anos. É o que mostra o Atlas da Violência de 2019, divulgadop pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (5). O relatório aponta que a geurra vai além de Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), os dois maiores grupos de crimes organizados do País.

Segundo os pesquisadores, as duas principais facções estão ligadas a aliados no Norte e Nordeste e contribuíram para os homicídios.  O Atlas da Violência completo pode ser acessado no site do Ipea.

"Possivelmente, o forte crescimento da letalidade nas regiões Norte e Nordeste, nos últimos dois anos, tenha sido influenciado pela guerra de facções criminosas deflagrada entre junho e julho de 2016 (Manso e Dias, 2018) entre os dois maiores grupos de narcotraficantes do país, o Primeiro Comando da Capital ( PCC ) e o Comando Vermelho (CV); e seus aliados regionais – principalmente as facções denominadas como Família do Norte, Guardiões do Estado, Okaida, Estados Unidos e Sindicato do Crime", aponta a pesquisa.

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O estudo ainda mostra que os principais motivos de confrontos acontecem pela chamada "rota da cocaína". A droga, vinda da Colômbia, é motivo de verdadeira guerra entre os principais grupos de crime organizado.

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"Este processo foi engendrado, sobretudo, pelo PCC, que viu a possibilidade de aumento dos
lucros no negócio de cocaína pela integração vertical do mercado, tendo em vista as grandes
diferenças de preço do cloridrato de cocaína pura nos territórios produtores e consumidores".

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No dia 1º de janeiro de 2017, houve uma rebelião no Complexo Prisional Anísio Jobim, em Manaus, quando integrantes do PCC e da Família do Norte (FDN), aliada do CV, se enfrentaram, tendo como resultado 56 mortes. No dia 14, outros 26 detentos foram mortos na Prisão Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, quando 26 detentos foram assassinados, nas escaramuças entre o PCC e o Sindicato do Crime (SDC), aliado do CV.

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Nesse período, em 15 dias o saldo foi de 138 homicídios nas prisões brasileiras, com episódios que atingiram também os sistemas penitenciários de Roraima, Paraíba, Alagoas, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, provando a relação de facções criminosas com os homicídios

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