Justiça Federal condena contraventores ligados ao jogo do bicho

Entre os condenados estão Aílton Guimarães, conhecido como Capitão Guimarães, e Aniz Abrahão David, presidente de honra da Beija-Flor

Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou 21 pessoas investigadas na Operação Furacão
Foto: Reprodução/TV Globo
Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou 21 pessoas investigadas na Operação Furacão

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Em 2012, a 6ª Vara Federal Criminal tinha condenado os dois a 47 anos de prisão e multa. Outro réu, classificado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos líderes do jogo do bicho , Antônio Petrus Kalil, o Turcão, faleceu em janeiro de 2019. Além de Guimarães, Anísio e Turcão, 18 pessoas respondiam ao processo na Justiça derivado da Operação Furacão, deflagrada em 2007.

O MPF foi representado pelo procurador regional da República Rogério Nascimento. Ele lembrou que esta não é a primeira vez que o crime organizado e policiais corrompidos sentaram no banco dos réus.

“Notável neste caso foi ter revelado que a máfia do jogo, que já era poderosa no meio do século passado, entrou no século 21 explorando jogo eletrônico”, citou Nascimento que ainda ressaltou o poder de influência dos contraventores sobre policiais, lobistas e membros do judiciário.

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Também foram condenados empresários do setor de bingos, policiais, delegados e advogados, que fariam parte da organização. A reportagem não conseguiu falar com as defesas dos condenados. Segundo o MPF, cabem recursos, no próprio TRF2 , de embargos de declaração e de embargos infringentes, já que a decisão em relação ao total das penas não foi unânime.