"A Polícia vai investigar com rigor. A morte do Jean não vai ficar impune", disse Witzel , após inaugurar a nova sede da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), no município de Belford Roxo.
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Jean dava aulas em uma academia no Complexo do Alemão , onde eram realizadas atividades de um projeto social custeado pelo Ministério do Esporte. Ele recebia da pasta R$ 950 por mês. No episódio, um rapaz que frequenta a academia também foi baleado na perna e levado para um hospital.
A morte do professor levou moradores a protestarem fechando a Estrada Adhemar Bebianno, em Inhaúma, uma das vias que dá acesso à comunidade. Os manifestantes sustentavam que o tiro que atingiu Jean partiu de policiais militares.
Por sua vez, a Polícia Militar informou em nota que “equipes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Complexo do Alemão foram acionadas para verificar uma ação que culminou com dois homens atingidos por disparos de arma de fogo na Rua Canitar”. De acordo com a nota, a dinâmica de como o fato ocorreu está sendo apurada.
Witzel disse que os policiais não chegam atirando. Segundo ele, as ações têm como objetivo prender criminosos e apreender drogas para devolver a paz às comunidades. "A polícia é recebida a bala, com armas de guerra. E se a polícia não chegar, a facção adversária vai chegar e será pior ainda. O que estamos fazendo é enfraquecendo essas milícias, esses narcoterroristas, tirando deles aquilo que eles consideram sagrado e que pra nós é uma desgraça, que é a droga".
O governador também atribuiu a morte de inocentes a criminosos. "Eles vão continuar atirando em pessoas inocentes, porque são atos assim que o terrorismo intimida o Estado", acrescentou.
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Ele disse que todos devem ser investigados na apuração dos crimes. "Não importa se usa farda, se usa distintivo, se está no parlamento".