Segurança do supermercado imobilizou o jovem porque ele teria tentado retirar a arma do vigilante
Reprodução/redes sociais
Segurança do supermercado imobilizou o jovem porque ele teria tentado retirar a arma do vigilante

O segurança de um supermercado do Rio de Janeiro foi preso em flagrante nesta quinta-feira (14) pela morte do jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos. Davi Ricardo Moreira pagou fiança e vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, em liberdade.

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O vigilante do supermercado explica que imobilizou Pedro, deitando-se sobre ele, em legítima defesa. O jovem teria tentado retirar sua arma.

A ação foi registrada por clientes do Extra da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. As testemunhas tentavam convencer Davi a sair de cima de Pedro, que estava desmaiado. Mesmo após pelo menos dois minutos de imobilização, o segurança justificava que o desmaio seria uma simulação.

“Tá sufocando ele. Ele tá com a mão roxa. Ele tá desacordado”, diziam as pessoas que estavam no local. Outro vigilante chega e tenta impedir a gravação do vídeo. Bombeiros foram ao mercado e tentaram reanimar o rapaz, que chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge,mas teve uma parada cardíaca e morreu.

A mãe de Pedro estava no local e presenciou a cena. Ela ainda não foi ouvida pela polícia pois está muito abalada com a morte do filho. O padrasto de Pedro prestou depoimento na Delegacia de Homicídios na Barra da Tijuca e afirmou que ele tinha problemas mentais e era usuário de drogas.

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O advogado da empresa Group Protection, que é responsável pela vigilância no Extra , corroborou com a versão de que o jovem teria tentado roubar a arma do segurança e que os vigilantes acreditaram que o rapaz estaria simulando o desmaio.

“Eles fazem a contenção, retiram a arma e o garoto desmaia. O que se acredita que tenha sido uma simulação naquele momento. O próprio segurança reporta. Ele está mentindo, ele está mentindo, ele está simulando um desmaio como anteriormente havia simulado", disse a defesa.

O delegado responsável pelo caso explicou que o segurança se excedeu na legítima defesa, mas que há poucos elementos que caracterizem a intenção de matar. Para o delegado, o vigilante foi imprudente, porque é treinado para esse tipo de abordagem.

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O supermercado Extra afirmou que os seguranças foram afastados e repudiou qualquer forma de violência. O mercado também afirma que está colaborando com as investigações.

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