Mulher morre baleada durante confronto com a GCM na cracolândia em SP

Tumulto começou após prisão de seis pessoas acusadas de tráfico e retirada de barracas de usuários; vítima estava sem documentos e não foi identificada

Cracolândia, no centro de São Paulo
Foto: Reprodução/Wikipedia
Cracolândia, no centro de São Paulo

 Uma mulher morreu depois de ser baleada na cabeça durante confronto entre usuários de drogas, policiais e guardas municipais na tarde dessa quinta-feira (9) na cracolândia, no centro de São Paulo.

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A infomação foi confirmada na manhã desta sexta-feira pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia, para onde ela foi levada após a confusão na cracolândia . Como a mulher não carregava documentos, ela ainda não foi identificada. 

O local é uma região do centro da capital paulista onde usuários de drogas compram e consomem crack na rua. Alguns deles vivem em barracas montadas na calçada e passam o dia no chamado fluxo, nome dado à concentração de pessoas que vagam pelo centro.

A confusão começou por volta das 13h de quinta-feira, depois que agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) prenderam seis pessoas acusadas de carregar droga. Os guardas relataram que foram recebidos com pedradas pelos usuários de drogas enquanto tentavam retirar barracas do meio da rua.

De acordo com a prefeitura, dois guardas ficaram feridos e duas viaturas foram danificadas. Os guardas pediram apoio para a Polícia Militar, que fez a dispersão dos usuários de drogas com bombas de gás. Grupos de pessoas se espalharam por várias ruas do centro. Segundo a polícia, comerciantes relataram que vidros de lojas foram quebrados durante o tumulto.

A prefeitura informou que "após realizar a dispersão para controlar o tumulto, os agentes perceberam que havia uma mulher ferida com um tiro na cabeça. Imediatamente, foi acionado o resgate do Corpo de Bombeiros e ela foi socorrida à Santa Casa de Misericórdia".

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Situações de confronto são comuns na cracolândia . Na terça-feira, guardas municipais também relataram que teriam sido recebidos com violência quando davam apoio a uma operação de limpeza nas ruas do centro.