Três pessoas foram baleadas durante intenso tiroteio na comunidade Sapinhatuba 1, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (9). No fim de semana, a região – localizada próxima a uma área nobre – foi sobrevoada pelo governador Wilson Witzel (PSC).
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De acordo com a Polícia Militar, os feridos foram levados ao Hospital Geral da Japuíba. As vítimas seriam dois funcionários de uma drogaria e um homem que foi atropelado por um carro, enquanto fugia do tiroteio .
Em foto divulgada nas redes sociais, alunos e funcionários da Escola Municipal Antônio Joaquim de Oliveira tiveram que deitar no chão, a fim de se abrigar dos disparos . Em outra imagem postada pelo aplicativo “Onde Tem Tiroteio – RJ”, passageiros de um ônibus que passava pela rodovia aparecem jogados no chão.
Durante o confronto, que aconteceu às margens da estrada, um carro que passava pela Rio-Santos foi perfurado por, pelo menos, três disparos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), dois sentidos da Rodovia Rio-Santos, na altura do quilômetro 483, foram interditados, devido à confusão. Essa é a segunda vez que a via é fechada em uma semana.
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Carro atingido por tiros durante tiroteio em Angra dos Reis. Crédito: @RJ_OTT pic.twitter.com/rQu2uTgz4p
— Casos de Polícia (@CasodePolicia) 9 de maio de 2019
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o confronto que acontece na comunidade é entre bandidos de facções rivais. O município de Angra tem recebido atenção desde o último sábado (4), quando o governador Wilson Witzel (PSC) sobrevoou a região dentro de um helicóptero da Polícia Civil.
De acordo com Witzel , essa seria uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) para acabar com a “bandidagem”. Porém, a ação gerou revolta, após um policial atirar contra uma lona azul estendida em uma trilha do Monte do Campo Belo, pensando ser uma casamata do tráfico, enquanto o local era, na verdade, um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos. Ninguém ficou ferido.
Após o acontecido, Witzel foi denunciado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) à Organização dos Estados Americanos (OEA), por conta de recorte de mortes em tiroteios e operações policiais.